O corpo encontra Apolo e Dionísio: potências e fragilidades
AUTOR(ES)
Moehlecke, Vilene, Fonseca, Tania Mara Galli
FONTE
Psicologia USP
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-09
RESUMO
Pretendemos problematizar o corpo que não agüenta mais e suas relações com a estética. Primeiramente, pensamos a dimensão apolíneo-dionisíaca da Arte, como refere Nietzsche. Assim, Apolo nos remete às belas formas, à técnica na dança, enquanto Dionísio significa a embriaguez, os riscos e as intensidades. A dança contemporânea se faz a partir do entrelaçamento entre ambos, potencializando os paradoxos do corpo. Nesse sentido, não agüentar mais exprime uma potência do corpo, uma capacidade de não agüentar mais as velhas formas e produzir novas alterações. Ítalo Calvino pensa a literatura como composição de novas expressividades. Então, o corpo que escreve pode não agüentar mais as velhas palavras para criar novos sentidos e novas linguagens. Por fim, discutimos o quanto as práticas psi estão buscando não agüentar mais as próprias durezas, as antigas verdades, os mesmos fazeres, para compor novas intervenções e novos conhecimentos.
ASSUNTO(S)
corpo arte estética conhecimento
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