O Belo e o Bom em Schopenhauer / The Beautiful and the Good in Schopenhauer

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/09/2010

RESUMO

Nossa dissertação tem por objetivo analisar e interpretar o esclarecimento de Arthur Schopenhauer (1788-1860) dos conceitos do belo (schön) e do bom (gut) (moral, virtude). Segundo o filósofo, ambos não são verdadeiramente ensináveis, isto é, não se deve esperar que as estéticas desde Aristóteles tornem os seus pupilos artistas geniais, tampouco como se pode ansiar que os discursos morais tragam o caráter genuinamente ético. Pelo contrário, o pensador propõe à filosofia a tarefa puramente teórica e contemplativa, a saber, a de não prescrever regras ao espírito, mas descrever abstratamente o que de fato ocorre no belo e no bom, por meio de uma interpretação e explicitação cuja matéria e limite é "este mundo efetivo da cognoscibilidade, no qual estamos e que está em nós". Ambos os esclarecimentos são apresentados em seu essencial pelo filósofo, respectivamente, no Livro III e no Livro IV de Die Welt als Wille und Vorstellung (O Mundo como Vontade e como Representação) - ambos os quais compõem, portanto, a bibliografia básica de nossa investigação. Resumidamente, Schopenhauer defende que o belo consiste, pelo lado objetivo, nas Idéias eternas (ewigen Ideen) de Platão, os arquétipos dos fenômenos relativos e fugazes do princípio de razão suficiente e a "objetidade mais adequada possível da coisa em si" (die möglichst adäquate Objetität des... Dinges an sich), e pelo subjetivo, no puro sujeito do conhecimento destituído de Vontade (reines, willenloses Subjekt der Erkenntnis). Quanto ao bom, o filósofo identifica-o ao conceito da compaixão (Mitleid), cujo grau negativo é a justiça (Gerechtigkeit), no qual ela apenas obstrui a injustiça (Unrecht), e o positivo a caridade (Menschenliebe), no qual ela "não apenas me impede de causar dano a outrem, mas também me impele a ajudá-lo". Por fim, nós também comentamos os seguintes temas capitais do pensamento schopenhaueriano: o idealismo, a polêmica com Kant, o princípio de razão suficiente, a Vontade como coisa em si, senhora do intelecto, impulso cego e auto-discórdia, o pessimismo e a autonegação e afirmação da Vontade de viver

ASSUNTO(S)

compaixão - aspectos religiosos ideia (filosofia) pessimismo vontade Ética compassion idea (philosophy) pessimism volition ethics

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