O atendimento anti-rábico humano em Minas Gerais, de 1999-2004

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Com a diminuição dos casos de raiva humana no Brasil por transmissão canina, a avaliação do atendimento anti-rábico humano torna-se uma necessidade do serviço, diante da falta de correlação entre agressão, indicação do tratamento e situação epidemiológica local. O objetivo deste trabalho foi descrever e avaliar alguns aspectos do atendimento anti-rábico humano em Minas Gerais, de 1999 a 2004. Realizou-se um estudo observacional descritivo retrospectivo, correlacionando as áreas de risco para a raiva humana transmitida por cão e as informações registradas nos diversos sistemas de informação do SUS-MG. Forma avaliados 132.452 registros do Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN, e 339.012 registros feitos pelo serviço de Zoonoses da Superintendência de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Verificou-se que a indicação de tratamento é excessiva nas áreas de baixo e médio risco, já que a maioria das agressões é feita por cães sadios, ao contrário das áreas de alto risco, onde se observou uma diminuição da indicação do tratamento. Os sistemas de informação envolvidos possuem bases isoladas, não atuando como rede. Ainda há subnotificação tanto por município silencioso quanto por má qualidade da informação. A vigilância do evento possui aspecto multicêntrico, porém as interfaces não se comunicam, gerando insegurança ao médico responsável pelo atendimento para indicar apenas a observação do animal agressor.

ASSUNTO(S)

hidrofobia teses vacina anti-rabica teses serviços de saúde teses epidemiologia teses

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