O acompanhamento por telefone como estratégia de intervenção de enfermagem no processo de aplicação de insulina no domicílio / Telephone follow-up as a nursing intervention strategy in the process of home insulin application

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Trata-se de um estudo observacional, longitudinal, comparativo do tipo antes e depois com abordagem quantitativa que teve como objetivo analisar a competência da pessoa com diabetes mellitus para realizar o processo de aplicação de insulina, antes e após o acompanhamento por telefone. O estudo foi realizado em um centro de saúde escola do interior paulista. Participaram do estudo 26 pessoas com diabetes mellitus cadastradas no programa de automonitorização da glicemia capilar no domicílio. A coleta de dados ocorreu em três fases, de janeiro a fevereiro de 2010, no período de 30 dias para cada pessoa, através de entrevista semiestruturada, norteadas pelo instrumento de coleta de dados e o manual de intervenção. Na primeira fase era realizado o primeiro contato telefônico para a obtenção do consentimento do sujeito em participar do estudo, e em seguida, a aplicação do instrumento de coleta de dados para a avaliação da competência inicial. Na segunda fase era realizada a abordagem educativa em duas ligações telefônicas e na terceira fase foi realizada a avaliação da competência final. Na análise dos dados utilizou-se o software Statistical Analysis System SAS® 9.0, utilizando a PROC GLM, onde foi proposto a metodologia de análise da variância, com distribuição normal com média 0 e variância constante e o Teste de McNemar. O nível de significância estatístico adotado foi de 5% (p<0,05). Das 26 (100%) pessoas entrevistadas, 80,7% eram do sexo feminino, 69,2% casadas, 23% tinham até o primeiro grau incompleto, 34,6% do lar e 65,3% encontravam-se na faixa etária entre 50 a 59 anos. Em relação às variáveis clínicas: 12(46,15%) pessoas apresentaram tempo de diagnóstico entre 11 a 20 anos e 11(42,30%) tempo de uso de insulina <=5anos. Com relação às variáveis antropométricas, para o peso, altura e IMC, a média±dp foi de 78,81±16,17, 159,69±7,92 e 30,62±7,88. Em relação à análise da competência da pessoa com DM, 38(100%) questões eram referentes ao processo de aplicação de insulina. Dessas, o acompanhamento por telefone demonstrou-se eficiente em 30(78,9%) questões, pois em 19(50%) questões a intervenção foi estatisticamente significante (p<0,05), em 11(28,9%) não houve erros nas respostas das pessoas com diabetes mellitus na competência final e 7(18,4%) não eram passíveis de intervenção. Conclui-se que, o acompanhamento por telefone foi efetivo como estratégia de intervenção de enfermagem no processo de aplicação de insulina no domicílio. Nessa direção, apontamos a necessidade do uso mais abrangente dessa estratégia na atenção a pessoas com diabetes mellitus, bem como estudos futuros utilizando-se dessa ferramenta no acompanhamento de diversas condições crônicas.

ASSUNTO(S)

diabetes mellitus diabetes mellitus enfermagem nursing telephone telefone

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