Número mínimo de indivíduos e diversidade genética de onça-parda (Puma concolor) no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo
AUTOR(ES)
Niara Martins
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/05/2011
RESUMO
A onça-parda (Puma concolor) é a segunda maior espécie de felino do Brasil. Possui uma ampla distribuição pelo continente americano, ocorrendo desde o sudoeste do Canadá até o Estreito de Magalhães, no extremo sul da Argentina e do Chile, passando por todo o território brasileiro. Nesse estudo foi estimado o número mínimo de indivíduos e a diversidade genética da onça-parda a partir de DNA fecal, no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), São Paulo. Armadilhas de pelos também foram utilizadas para uma mais uma tentativa na obtenção de amostras. Para o diagnóstico da espécie foi amplificado um pequeno fragmento do gene citocromo b do DNA mitocondrial. Ao todo foram utilizados seis locos de microssatélites para a individualização das amostras de fezes, estimativa do número mínimo de indivíduos e caracterização genética da população. Nenhuma amostra de pelo foi obtida durante o estudo. Dentre as 40 amostras de fezes obtidas, 34 foram diagnosticadas com sucesso, sendo encontradas 25 amostras de P. concolor, oito de Leopardus tigrinus e uma de Leopardus pardalis. Os genótipos multilocos foram obtidos para apenas 15 amostras, pertencentes a 12 indivíduos diferentes de onça-parda. A taxa média de allelic dropout foi de 10,43%. A heterozigosidade média observada foi de 0,6202, inferior a encontrada para a espécie em áreas fragmentadas do Cerrado, na região nordeste do Estado de São Paulo. Houve desvio no equilíbrio de Hardy-Weinberg (HWE) para um dos locos e déficit de heterozigotos para o conjunto de locos utilizados. Contudo, não houve evidência de gargalo populacional recente. Dessa forma, o desvio no HWE pode ter sido causado pela presença de alelos nulos ou pelo baixo número de amostras. Pouca relação foi encontrada entre os indivíduos (6,1% de HS), indicando um possível fluxo contínuo de onças-pardas na região. Sendo assim, o PESM merece especial atenção por ser o maior remanescente contínuo da Mata Atlântica brasileira e, por isso, estudos similares são necessários nos demais Núcleos desse Parque para que juntos possam fornecer uma visão mais abrangente da situação da espécie P. concolor nesse bioma.
ASSUNTO(S)
microssatélites dna fecal mata atlântica puma concolor conservation mitochondrial dna fecal dna puma concolor atlantic forest microsatellite genetica conservação da natureza dna mitocondrial
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4724Documentos Relacionados
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