Nova metodologia de diagnóstico para Ehrlichia canis: PCR X LAMP / New method of diagnostics for Ehrlichia canis: PCR x Lamp

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Devido à estreita relação entre o homem e o cão, eventualmente alguns ectoparasitas de cães podem ser observados parasitando o homem. O carrapato Rhipicecephalus sanguineus é um ectoparasita que possui a capacidade de carregar e transmitir patógenos aos seres humanos. Esse artrópode, por exercer hematofagia, é o principal vetor biológico e reservatório da bactéria Ehrlichia canis. Atualmente, o diagnóstico da erliquiose é baseado em testes hematológicos, bioquímicos e sorológicos, embora sejam pouco confiáveis para diagnostica-lá, uma vez que suas características clínicas e clinicopatológicas são amplamente inespecíficas. As tetraciclinas são comumente utilizadas no tratamento da Erliquiose, mas estudos mostram que alguns cães permanecem soropositivos para E. canis após o tratamento ou após a perda da infecção espontânea. A Erliquiose crônica por ter falhas de prognóstico, pode resultar em alta mortalidade. Portanto, testes mais sensíveis e confiáveis poderão auxiliar na seleção de cães portadores. A PCR (reação em cadeia da polimerase) tem sido usada com sucesso no diagnóstico da bactéria E. canis. Entretanto, esta tecnologia molecular necessita de equipamentos caros e pessoal especializado para sua execução, o que limita o seu uso na rotina dos laboratórios. Assim uma metodologia mais sensível, específica, e simples de detectar o microorganismo é desejável. Neste trabalho desenvolvemos a detecção da bactéria Ehrlichia canis pena da técnica de LAMP (Loop-Mediated Isothermal Amplification), que se mostrou muito eficaz. Utilizamos sequências específicas do gene dsb (disulfide bond) de E. canis como alvo para as técnicas testadas. O gene dsb mostrou-se altamente específico para a detecção de E. canis, já que é divergente até mesmo das bactérias filogeneticamente próximas. Os testes moleculares realizados mostram uma incidência maior da doença do que aquela preconizada por autores que utilizam técnicas diagnósticas tradicionais. No canil municipal, 80% das amostras estavam infectadas; das clínicas particulares e do hospital veterinário 40% apresentaram a doença pela técnica de PCR. A técnica de diagnóstico por LAMP que foi desenvolvida é mais sensível do que o PCR, altamente específica e não é necessária a extração do DNA para a sua amplificação. Além disso, o produto da amplificação pode ser visualizado a olho nu. Concluímos que o diagnóstico pela metodologia LAMP possibilita a identificação específica e com alta sensibilidade de animais infectados, com mínima estrutura laboratorial. Tais fatores viabilizam a utilização dessa metodologia diagnóstica para clínicas veterinárias, laboratórios e instituições de ensino.

ASSUNTO(S)

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