Nos meandros da memória, subjetividade e “confissão” em Angústia, de Graciliano Ramos
AUTOR(ES)
Pinto, Ubiratan Machado
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Este estudo literário propõe-se sondar a narrativa determinada pelo fluxo de consciência, mais especificamente o romance Angústia (1936), de Graciliano Ramos. A análise visa perscrutar a interioridade psíquica do narrador-personagem nessa prosa brasileira. O protagonista chama-se Luís da Silva, sujeito que procura a evasão da vida social por intermédio da escrita, revelando-se introspectivo pelo seu desajuste em relação ao meio externo. Também marcada pelo uso do tempo psicológico, tal narrativa tem o objetivo de tornar os pensamentos desse narrador inteligíveis através da linguagem. Por isso, esse trabalho observa o discurso produzido em primeira pessoa do singular, no fluir da memória do sujeito restrito a um exíguo espaço. Assim, percebe-se que as reminiscências de Luís da Silva são repletas de imagens e fatos misturados em sua mente, revolvidos na justaposição temporal entre passado e presente, desordenados no decorrer do texto ficcional. A finalidade dessa proposta, então, é fornecer respaldo teórico sobre o romance de introspecção, na qual o esforço do personagem para entender seus questionamentos íntimos destaca-se no percurso da narrativa.
ASSUNTO(S)
ramos, graciliano, 1892-1953 reminiscence literatura brasileira critica e interpretacao introspection stream of consciousness angústia
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/26402Documentos Relacionados
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