NORMA PADRÃO, NORMA CULTA E HIBRIDISMO LINGUÍSTICO EM TRADUÇÕES DE ARTIGOS DO NEW YORK TIMES
AUTOR(ES)
Amorim, Lauro Maia
FONTE
Cad. Trad.
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/11/2019
RESUMO
Resumo Este artigo traz resultados de uma pesquisa envolvendo um estudo sobre normas linguísticas híbridas em artigos jornalísticos do New York Times, traduzidos, para o português, e veiculados no site UOL. Segundo Faraco (2008) e Bagno (2012), há uma diferença entre a norma padrão e a norma culta, sendo a primeira aquela que reúne regras que prescrevem formas linguísticas a serem seguidas de acordo com um modelo idealizado de língua, mas difícil de ser seguido pela maioria dos usuários; e a segunda, aquela que reúne o conjunto de formas linguísticas que são, de fato, empregadas por muitos escreventes, sendo, portanto, mais acessíveis intuitivamente, embora não aceitas pela tradição gramatical conservadora representada pela norma padrão, comumente divulgada em compêndios gramaticais e manuais de estilo. Pretende-se avaliar se seria possível afirmar que textos jornalísticos traduzidos do inglês, semelhante ao que já comprovadamente ocorre com textos jornalísticos originalmente escritos em português, são igualmente permeáveis a formas linguísticas não abonadas pela norma padrão.Abstract This article presents results from a study on hybrid linguistic norms in translated articles from New York Times made available on UOL website. According to Faraco (2008) and Bagno (2012), there is a difference between norma padrão (a prescriptive norm, but not based on usage) and norma culta (an alternative, usage-based norm). The first one combines normative rules that determine correct linguistic forms, but generally hard to follow by most users, while the second one brings together a set of linguistic forms frequently employed by users, because they are more intuitively accessible, although not subscribed by the conservative standard norm (norma padrão) commonly taught in grammar books and in writing style manuals. The research was meant to verify if journalistic texts translated from English have been as permeable to linguistic forms not subscribed by the prescriptive standard norm, as the ones originally written in Portuguese have proven to be.
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