Níveis de TSH associados ao uso de fórmulas para emagrecer em um estudo populacional de mulheres brasileiras

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a freqüência de uso de fórmulas para emagrecer e sua associação com níveis de TSH. METODOLOGIA: Pesquisa realizada no Rio de Janeiro (5 milhões de habitantes), Brasil, de junho de 2004 a abril de 2005. A população de estudo foram mulheres com 35 anos ou mais, residentes em domicílios particulares permanentes do município do Rio de Janeiro não grávidas e não lactantes. A amostra de domicílios foi obtida por amostragem probabilística conglomerada em três estágios de seleção. As mulheres tiveram amostras de sangue coletadas e responderam a questões sobre uso de fórmulas, chás ou remédios para emagrecer. Quanto ao uso de fórmulas as mulheres foram classificadas em usuárias alguma vez na vida (n = 293), usuárias nos últimos dois meses (n = 150) e não usuárias (n = 853). Os níveis de TSH desses grupos foram comparados através de análise de regressão multivariada, levando em conta o desenho da amostra. RESULTADOS: O uso de fórmulas alguma vez na vida foi relatado por 34% das mulheres e 11% relataram tê-las consumido nos últimos dois meses. As freqüências foram maiores entre as mulheres mais jovens e obesas e de nível sócio-econômico mais elevado (valor de p < 0,001). Os níveis de TSH foram estatisticamente menores entre as usuárias de fórmulas (1,96 mUI/ml; IC 95% = 1,93-1,98) comparados com usuárias prévias 2,83 mUI/ml (IC 95% = 2,13-3,02) e não usuárias 2,59 mUI/ml (IC 95% = 2,20-3,21). As diferenças entre os grupos mantiveram-se estatisticamente significantes após o ajuste por idade e índice de massa corporal. CONCLUSÃO: O uso de fórmulas para emagrecer diminuiu os níveis de TSH em mulheres brasileiras.

ASSUNTO(S)

hipertireoidismo fórmulas para emagrecer prevalência de obesidade

Documentos Relacionados