Neoplasias benignas e malignas em 261 necropsias de pacientes HIV positivos no período de 1989 a 2008

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

Tendo em vista que trabalhos sobre necropsias de AIDS analisam apenas neoplasias malignas e que ocorreram alterações após a terapia antiretroviral altamente eficaz (HAART), este estudo foi feito com objetivo de avaliar a frequência de neoplasias benignas e malignas nos períodos pré e pós-HAART. Estudo retrospectivo de 261 necropsias de HIV positivos entre 1989 e 2008 em Uberaba - Brasil. Foram encontradas 66 neoplasias (39 benignas, 21 malignas e seis lesões pré-invasivas) em 58 pacientes. As neoplasias malignas mais frequentes foram linfóides, em 2,7% (quatro linfomas não Hodgkin, um Hodgkin, um mieloma múltiplo e um plasmocitoma plasmoblástico) e, sarcoma de Kaposi, em 2,3% (seis casos). As benignas mais frequentes foram hemangiomas hepáticos em 11 (4,2%) dos 261 casos e leiomiomas uterinos em 11 (15,7%) das 70 mulheres. No período pré-HAART ocorreram oito (9,8%) neoplasias benignas e quatro (4,9%) malignas em 82 pacientes; no pós-HAART, 29 (16,2%) benignas e 17 (9,5%) malignas; entretanto, essas diferenças não foram estatisticamente significantes. Concluímos que a introdução da HAART em nossa região não parece ainda ter alterado a frequência de neoplasias em pacientes HIV.

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