Mudanças em indicadores fisiológicos associados com a tolerância ao estresse salino em dois porta-enxertos contrastantes de cajueiro

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Plant Physiology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-03

RESUMO

Com o objetivo de identificar marcadores fisiológicos de tolerância ao estresse salino, diversas variáveis fisiológicas foram avaliadas em dois porta-enxertos de cajueiro (Anacardium occidentale L.) apresentando contraste na tolerância à salinidade. O genótipo tolerante (CCP 09) apresentou melhor crescimento sob todas as concentrações de NaCl (50, 100, 150 e 200 mM), após duas semanas. O tratamento salino reduziu severamente a transpiração, como conseqüência do aumento substancial da resistência estomática nos dois genótipos. Os dois porta-enxertos não apresentaram diferenças significativas nas concentrações de Na+, Cl e K+ nos tecidos de raízes e folhas. O genótipo tolerante, em comparação com o sensível, apresentou menor conteúdo relativo de água e maior (menos negativo) potencial osmótico foliar, de maneira que essas variáveis não devem estar associadas com a tolerância ao sal na espécie em questão. O estresse salino induziu mudanças significantemente maiores nas concentrações de proteína e aminoácidos em raízes do que em folhas, sugerindo que a raiz foi o órgão mais sensível ao sal. Entre os indicadores fisiológicos avaliados, o dano de membrana foi o que mais bem se associou com a diferença de tolerância ao estresse salino entre os dois genótipos. Em adição, o porta-enxerto tolerante apresentou maior acúmulo de solutos orgânicos (aminoácidos, prolina e açúcares solúveis) em folhas, além de manter, em maior extensão, a concentração de açúcares solúveis em raízes comparado ao sensível, em resposta ao NaCl.

ASSUNTO(S)

anacardium occidentale estresse salino partição de na+ e cl relação na+/k+ solutos orgânicos tolerância ao sal

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