Motivos relacionados à escolha da medicina intensiva como especialidade por médicos residentes
AUTOR(ES)
Neves, Flávia Branco Cerqueira Serra, Vieira, Patrícia Sena Pinheiro de Gouvêa, Cravo, Elaine Andrade, Portugal, Talita da Silva, Almeida, Míli Freire, Brasil, Israel Soares Pompeu de Sousa, Bitencourt, Almir Galvão Vieira, Feitosa-Filho, Gilson Soares
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-06
RESUMO
OBJETIVOS: A medicina intensiva é especialidade relativamente nova que apresentou grande desenvolvimento no Brasil nos últimos anos. No entanto, existe pouca procura por parte dos médicos em realizar este tipo de especialização. O objetivo deste estudo foi descrever os motivos pelos quais os médicos residentes de Salvador-BA pretendem ou não realizar residência médica em medicina intensiva. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, em que foi aplicado um questionário, durante o período de outubro a dezembro de 2007, a todos os médicos residentes das especialidades pré-requisito para medicina intensiva (clínica médica, cirurgia geral e anestesiologia). RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 165 médicos residentes (89,7% do total), sendo 51,5% residentes de clínica médica, 25,5% de cirurgia geral e 23% de anestesiologia. Dos entrevistados, 14 (9,1%) pretendem fazer residência de medicina intensiva, embora 90 (54,5%) pretendam ser plantonistas de unidades de terapia intensiva após a residência. O principal motivo destacado para se especializar em medicina intensiva foi gostar de trabalhar com pacientes graves (92,9%). Já os principais motivos para não se especializar em medicina intensiva estão relacionados à pior qualidade de vida ou de trabalho. Os médicos residentes que fizeram algum estágio em unidade de terapia intensiva durante a graduação são mais propensos a serem plantonistas de unidades de terapia intensiva após a residência. CONCLUSÕES: A população avaliada demonstrou baixo interesse em se especializar em medicina intensiva. Os principais motivos apontados foram os fatores relacionados à qualidade de vida dos intensivistas e ao ambiente de trabalho. Um levantamento nacional se faz necessário para identificar quais as intervenções são adequadas para incentivar esta especialização.
ASSUNTO(S)
educação médica cuidados intensivos internato e residência especialidades médicas
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