Mortalidade por doenças circulatórias e evolução da saúde da família no Brasil: um estudo ecológico
AUTOR(ES)
Ceccon, Roger Flores, Borges, Diego Olschowsky, Paes, Lucilene Gama, Klafke, Jonatas Zeni, Viecili, Paulo Ricardo Nazário
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-05
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar a mortalidade por doenças circulatórias paralelamente à evolução da Estratégia Saúde da Família no Brasil. Estudo ecológico, retrospectivo, baseado na evolução temporal da ESF e nas taxas de mortalidade por doenças circulatórias no Brasil. Foi realizada uma descrição da razão de cobertura habitante x ESF e dos indicadores de saúde relacionados à mortalidade por doenças circulatórias. Para a associação estatística utilizou-se o teste de Correlação de Spearman. Houve aumento populacional no Brasil em 15%, evolução de 761% no número de ESF e 5% de aumento na mortalidade por doenças circulatórias. A razão população x ESF passou de 52.838 (1998) para 7.084 (2006) pessoas assistidas por ESF. As regiões norte e nordeste apresentaram crescimento nas taxas de mortalidade por doenças circulatórias e em 21 (81%) estados houve correlação positiva entre mortalidade por doenças circulatórias e ESF (r: > 0,7; p < 0,01). Por fim, considera-se a ESF uma importante política pública de saúde, tendo obtido resultados exitosos no Brasil desde a sua implementação. Entretanto, em um contexto geral, sua expansão não influenciou a redução da mortalidade por doenças circulatórias, tendo apresentado aumento deste indicador no país.
ASSUNTO(S)
saúde da família mortalidade estudos ecológicos
Documentos Relacionados
- Transição epidemiológica da mortalidade por doenças circulatórias no Brasil
- Internações por condições sensíveis à atenção primária e ampliação da Saúde da Família no Brasil: um estudo ecológico
- Mortalidade infantil por causas evitáveis no Brasil: um estudo ecológico no período 2000-2002
- Evolução da Mortalidade por Doenças Cerebrovasculares e Hipertensivas no Brasil entre 1980 e 2012
- Tendência da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no Brasil: 1950 a 2000