Mortalidade materna segundo raça/cor, em Mato Grosso do Sul, Brasil, de 2010 a 2015

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Saude Mater. Infant.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos maternos segundo raça/cor em Mato Grosso do Sul. Métodos: Estudo epidemiológico dos óbitos maternos segundo raça/cor, a partir dos dados extraídos dos Sistemas de Informações de Mortalidade e de Nascidos Vivos, de 2010 a 2015. Foram calculadas a razão de mortalidade materna, razão de mortalidade materna específica e análise dos óbitos maternos segundo variáveis obstétricas. Resultados: O risco de óbito de mulheres pretas (RR = 4,3; IC95%= 2,088,71) e indígenas (RR = 3,7; IC95%= 2,26,23) foi aproximadamente quatro vezes maior quando comparadas às brancas. As causas obstétricas diretas apresentaram maiores frequências, tanto para o Estado de Mato Grosso do Sul, como para a maioria das raças/cor no primeiro triênio. A razão da mortalidade materna específica foi elevada entre as mulheres indígenas e pretas, 651,8 e 416,7 óbitos por 100 mil nascidos vivos, respectivamente, na faixa etária entre 30 a 39 anos (p<0,05). Conclusão: A elevada razão de mortalidade materna para as mulheres indígenas e pretas e o predomínio de óbitos relacionados às causas obstétricas diretas entre as categorias de raça/cor refletem a inadequada assistência à saúde no período gravídico puerperal.

ASSUNTO(S)

mortalidade materna registros de mortalidade sistemas de informação saúde da mulher

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