Mortalidade materna no Brasil: o que mostra a produção científica nos últimos 30 anos?
AUTOR(ES)
Morse, Marcia Lait, Fonseca, Sandra Costa, Barbosa, Mariane Doelinger, Calil, Manuele Bonatto, Eyer, Fernanda Pinella Carvalhal
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-04
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil epidemiológico e a tendência da mortalidade materna no Brasil, por meio de revisão de estudos sobre o tema. Foi realizada busca eletrônica de artigos científicos publicados entre 1980 e 2010, nas bases de dados LILACS e MEDLINE. Identificaram-se inicialmente 486 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão restaram 50 artigos. A comparação dos dados mostrou queda da RMM de forma diferenciada nas regiões brasileiras. Os estudos sobre determinação do óbito materno apontaram desigualdades sociais relacionadas à cor da pele e escolaridade. O preenchimento incompleto da declaração de óbito e a subnotificação ainda persistem. Prevaleceram as causas obstétricas diretas, com predomínio das doenças hipertensivas. Quando analisada, a evitabilidade apontou falhas na assistência pré-natal e ao parto. Apesar de sua relevância, são poucos os artigos sobre mortalidade materna no Brasil. A RMM, embora em declínio, permanece em níveis elevados. Melhorias na qualidade da assistência pré-natal e ao parto são necessárias.
ASSUNTO(S)
mortalidade materna coeficiente de mortalidade revisão
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