Mortalidade em um Ano após Evento Coronário Agudo e seus Preditores Clínicos: O estudo ERICO
AUTOR(ES)
Santos, Itamar Souza, Goulart, Alessandra Carvalho, Brandão, Rodrigo Martins, Santos, Rafael Caire de Oliveira, Bittencourt, Márcio Sommer, Sitnik, Débora, Pereira, Alexandre Costa, Pastore, Carlos Alberto, Samesima, Nelson, Lotufo, Paulo Andrade, Bensenor, Isabela Martins
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
08/05/2015
RESUMO
Dados sobre sobrevida após uma síndrome coronariana aguda (SCA) são geralmente de curto prazo ou baseados em centros cardiológicos. Descrever a frequência de ocorrência de óbito em um ano no Estudo de Registro de Insuficiência Coronariana (ERICO), e seus preditores. Foram analisados 964 participantes ERICO incluídos de fevereiro/2009 a dezembro/2012. O estado vital dos participantes foi obtido por telefone e fontes oficiais de óbito. A causa de morte foi determinada pelos certificados de óbito. Foi utilizado o teste log-rank para comparar probabilidades de sobrevivência. Construímos modelos de regressão de Cox, brutos e ajustados (para idade, sexo e subtipo de SCA), para estudar se o subtipo de SCA ou características de entrada no estudo foram preditores independentes de mortalidade. Identificamos 110 óbitos (frequência de ocorrência de óbito, 12,0%). A idade (risco relativo [RR] em 10 anos = 2,04; intervalo de confiança de 95% [IC95%]=1,75-2,38), infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (RR = 3,82; IC95% = 2,21-6,60) ou infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (RR = 2,59; IC95% = 1,38‑4,89) e diabetes (RR = 1,78; IC95% = 1,20-2,63) foram fatores de risco significativos para mortalidade geral em modelos ajustados. Encontramos resultados semelhantes para mortalidade cardiovascular. Diagnóstico prévio de doença arterial coronariana também foi um preditor independente de mortalidade geral (RR = 1,61; IC95% = 1,04-2,50), mas não de mortalidade cardiovascular. Encontramos uma frequência de ocorrência de óbito em um ano de 12,0% nesta amostra de pacientes pós-SCA de um hospital comunitário em São Paulo. Idade, subtipo de SCA e diabetes foram preditores independentes de pior sobrevida em um ano.
ASSUNTO(S)
síndrome coronariana aguda / mortalidade fatores de risco prognóstico letalidade estudos de coortes
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