Morfologia, ontogenia e estrutura dos nectários estipulares em Caamembeca spectabilis (Polygalaceae)
AUTOR(ES)
FILGUEIRA, Joana Patrícia Pantoja Serrão, KIKUCHI, Tatiani Yuriko Souza, COELHO-FERREIRA, Márlia Regina
FONTE
Acta Amaz.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-06
RESUMO
RESUMO Glândulas nodais são encontradas em um terço dos gêneros de Polygalaceae e possuem grande importância taxonômica, ecológica e evolutiva. No Brasil, ocorrem em cinco, dos onze gêneros já registrados. Contudo, ainda há controvérsias quanto à origem dessas estruturas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a morfologia e a origem das glândulas nodais em Caamembeca spectabilis, visando ampliar o conhecimento estrutural e funcional dessas glândulas no gênero. Amostras das regiões nodais foram coletadas, fixadas e processadas segundo os métodos em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Formigas foram observadas e identificadas ao longo do eixo caulinar. A glicose no exsudato permite tratar as glândulas como nectários extraflorais. Esses estão localizados aos pares na região nodal. Porém, sua origem ocorre no traço foliar. Os nectários, em secção longitudinal, apresentam as células do ápice com paredes anticlinais impregnadas com suberina, sendo este o primeiro registro para a família. Nessa região também ocorre a formação de um orifício por lise. O tecido secretor do nectário é circundado pelo floema. Vasos de xilema foram observados apenas na base do nectário, onde também ocorrem idioblastos com cristais do tipo drusas. Dessa forma, este estudo confirma a trajetória ontogenética das glândulas nodais em C. spectabilis, as quais, de fato, estão ligadas às folhas, como nectários estipulares. Além de apresentar dados inéditos que auxiliam a compreensão morfológica e anatômica das mesmas em Caamembeca.
ASSUNTO(S)
fabales nectários extraflorais vascularização suberina formigas
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