Morfologia dos estados imaturos da espécie de mosca das frutas neotropical não frugívora Rachiptera limbata bigot (Diptera: Tephritidae) em Baccharis linearis (R. et. Pav) (Asteraceae)

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-10

RESUMO

Rachiptera limbata Bigot desenvolve-se em Baccharis linearis (R. et Pav) na região de Santiago, Chile. As larvas alimentam-se dos caules e secretam um líquido, que em contato com o ar, forma uma câmara larval, onde ocorre a passagem para o estádio de pupa. Os estádios larvais das espécies neotropicais de Tephritinae são pouco conhecidos. O presente estudo descreve a morfologia dos estádios larvais de R. limbata, comparando-os com outras espécies de Tephritinae, em uma abordagem filogenética. Foram analisados, em microsopia de luz e de varredura, o complexo antenomaxilar, as dobras da cutícula, as margens da abertura oral, o esqueleto cefalofaríngeo, os espiráculos anterior e posterior e os lóbulos anais das larvas de primeiro, segundo, terceiro estádios e da pupa. O esqueleto cefalofaríngeo é altamente esclerotizado e apresenta um orifício ou abertura na cornua ventral, característica essa que parece ser plesiomórfica em R. limbata e outras espécies neotropicais. Os espiráculos anteriores estão ausentes nas larvas de primeiro estádio. Nas larvas de segundo e terceiro estádios são desenvolvida formando cinco túbulos curtos dispostos em fileira única. Nas larvas de primeiro e segundo estádios, as aberturas dos espiráculos têm cerdas únicas; nas larvas de terceiro estádio não há cerdas. Essa última característica parece decorrer de uma atraso no desenvolvimento (neotenia) da larva de R. limbata, quando comparada a outras espécies neotropicais e neárticas.

ASSUNTO(S)

adaptação neotenia caráter plesiomórfico apomórfico

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