Morbidade, utilização de cuidados curativos e preferências de ponto de entrada aos serviços na área metropolitana de Centro Habana, Cuba
AUTOR(ES)
Rodríguez, Armando, Díaz, Addys, Balcindes, Susana, García, René, Vos, Pol De, Stuyft, Patrick Van der
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
03/11/2016
RESUMO
Resumo: Os serviços de saúde de primeira linha, ou aqueles com uma abordagem de atenção primária, servem como indutor forte de comportamentos de busca de cuidados de saúde. Estudos sobre a associação entre a prevalência de doenças crônicas e problemas agudos e o uso de serviços enfatizam a importância dos determinantes socioeconômicos desses padrões de utilização. Como parte de um estudo transversal de 408 famílias em Centro Habana, Cuba, foram realizadas entrevistas domiciliares entre abril e junho de 2010 para analisar os determinantes sócio-demográficos dos problemas de saúde agudos e crônicos e do uso de serviços de saúde. Foram utilizados modelos bivariados e de regressão logística. Quinhentas e vinte e nove pessoas relatavam história de doença crônica. Durante o mês anterior, 155 delas relataram uma exacerbação da doença crônica e 50 tiveram algum problema agudo, não relacionado à doença crônica. Cento e sete pessoas sem doença crônica referiram problemas agudos. Idade era o principal determinante da presença de doença crônica. As mulheres adultas e os idosos apresentavam probabilidade maior de relatar problemas agudos. Pacientes com doença crônica utilizavam os serviços de saúde com maior frequência. Nenhuma variável sociodemográfica esteve associada à utilização dos serviços ou à consulta com o médico de família. Embora o médico de família seja definido como a porta de entrada ao sistema de saúde, isso ocorria em apenas 54% dos pacientes que contataram os serviços de saúde, portanto comprometendo o papel do médico como conselheiro e ponto focal das questões de saúde das pessoas. A importância das doenças crônicas enfatiza a necessidade de fortalecer o papel essencial do médico de família. Novas políticas econômicas em Cuba, com estímulo para a autonomia laboral e a iniciativa privada, poderão aumentar a tensão sobre o sistema de saúde exclusivamente público. No entanto, o sistema de saúde cubano já mostrou ser capaz de se adaptar a novos desafios, e espera-se que as premissas básicas da política de saúde cubana sejam preservadas.
ASSUNTO(S)
doença crônica serviços de saúde medicina de família e comunidade
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