Morar perto da área portuária está associado à inatividade física e comportamento sedentário
AUTOR(ES)
Sperandio, Evandro Fornias, Arantes, Rodolfo Leite, Chao, Tsai Ping, Romiti, Marcello, Gagliardi, Antônio Ricardo de Toledo, Dourado, Victor Zuniga
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-01
RESUMO
RESUMO CONTEXTO E OBJETIVOS: O impacto do porto de Santos, no Brasil, sobre a saúde da população é desconhecido. Nosso objetivo foi avaliar a associação entre viver nas proximidades da área portuária e a inatividade física e comportamento sedentário. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal desenvolvido em laboratório universitário e em uma clínica de diagnósticos. MÉTODOS: Foram selecionados 553 adultos saudáveis e seu nível de atividade física na vida diária foi avaliado usando acelerômetros. Foi realizada regressão linear múltipla e logística usando a inatividade física e o comportamento sedentário como desfechos e morar perto da área portuária como o fator de risco principal, ajustando para os principais confundidores. RESULTADOS: Entre todos os participantes, 15% residiam na área portuária. Estes deram 699 passos/dia a menos e apresentaram, por semana, 2,4% da atividade física mais sedentária, 2,0% menos tempo em pé e passaram 0,9% mais tempo deitados do que os residentes das demais regiões. Além disso, morar nas proximidades da área portuária aumentou o risco de inatividade física em 2,5 vezes, assim como o risco de maior comportamento sedentário (≥ 10 horas/dia) em 1,32 vezes. CONCLUSÃO: Morar perto do porto de Santos tem associação com a inatividade física, assim como o aumento do comportamento sedentário em adultos, independentemente de fatores de confusão. As razões para tal associação devem ser investigadas em estudos longitudinais.
ASSUNTO(S)
saúde ambiental atividade motora estilo de vida sedentário classe social fatores de risco
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