Monitoramento de Lutzomyia longipalpis Lutz & Neiva, 1912 em área de transmissão intensa de leishmaniose visceral no Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil
AUTOR(ES)
Amóra, Sthenia Santos Albano, Bevilaqua, Claudia Maria Leal, Dias, Edmilson de Castro, Feijó, Francisco Marlon Carneiro, Oliveira, Paula Gabriela Melo de, Peixoto, Gislayne Christianne Xavier, Alves, Nilza Dutra, Oliveira, Lorena Mayana Beserra de, Macedo, Iara Térsia Freitas
FONTE
Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-03
RESUMO
No Brasil, o crescimento urbano da leishmaniose visceral (LV) está associado com a adaptação do seu vetor, Lutzomyia longipalpis, aos ambientes modificados pelo homem. Este estudo relata a vigilância entomológica de L. longipalpis e os efeitos das variáveis ambientais sobre a sua densidade populacional. Os flebotomíneos foram capturados no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil, a partir de janeiro de 2005 a dezembro de 2006. Duas armadilhas tipo CDC foram colocadas mensalmente durante quatro noites consecutivas no peridomicílio das casas escolhidas. A análise dos dados foi baseada no teste Qui-quadrado e regressão linear. Um total de 2.087 flebotomíneos foram capturados, dos quais 99,86% foram L. longipalpis. Mais fêmeas do que machos foram capturados (p < 0,05). Na análise mensal das variáveis ambientais a temperatura, umidade relativa e a chuva não tiveram impacto significativo sobre a densidade populacional de L. longipalpis. No entanto, houve diferenças sazonais: aproximadamente 70% dos flebotomíneos foram capturados durante a estação chuvosa (p < 0,05). Assim, L. longipalpis, a espécie predominante, representa um risco à saúde pública. Portanto, devido à maior prevalência no período chuvoso, recomendamos intensificar as medidas de controle da LV antes e durante este período para reduzir o risco de transmissão da doença.
ASSUNTO(S)
lutzomyia longipalpis sazonalidade epidemiologia controle vetorial leishmaniose visceral
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