Monitoramento de Anastrepha fraterculus (Wied. 1830) (Diptera: Tephritidae) : flutuação populacional, avaliação de atrativos e caracterização ovariana / Monitoring Anastrepha fraterculus (Wied. 1830) (Diptera: Tephritidae): population fluctuation, attractant assessment and ovarian characterization

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A mosca-das-frutas sul-americana, Anastrepha fraterculus (Wiedmann, 1830) (Diptera:Tephritidae), é a principal praga das frutíferas no Sul do Brasil. Este trabalho buscou caracterizar as populações de moscas-das-frutas capturadas em armadilhas, avaliando o número, a razão sexual e o estágio de maturação dos órgãos reprodutivos de fêmeas. Realizou-se o monitoramento em dois pomares, um de pessegueiro, com manejo convencional e um de goiabeira, sem manejo, durante uma safra, com dois diferentes atrativos alimentares, em diferentes fases das culturas. Foram utilizadas armadilhas do tipo McPhail com suco de uva a 25% e proteína hidrolisada a 5%. As armadilhas foram dispostas em diferentes faces do pomar. As fêmeas coletadas foram dissecadas, seus ovários medidos em largura e comprimento e foi determinado o grau de maturação sexual. Fêmeas mantidas em laboratório, com a idade controlada foram igualmente dissecadas para servirem de comparativo com as de campo. A espécie Anastrepha fraterculus foi a mais abundante em ambos os pomares. Foram capturadas no total, 1.753 moscas-das-frutas, sendo 1.519 no pomar de goiabeiras e 234 no de pessegueiros. A média total de captura de moscas nas armadilhas com suco foi significativamente maior do que nas com proteína hidrolisada (U = 24; gl = 1; P < 0,05) no pomar de pessegueiros. Por outro lado, no de goiabeiras, a captura com proteína foi significativamente maior do que com suco (U = 36,5; gl = 1; P < 0,05). A dissecação e medição de ovários foram ferramentas importantes para se avaliar idades fisiológicas. Foi possível detectar que fêmeas em desenvolvimento e maduras sexualmente, capturadas nas armadilhas, têm em média, ovários maiores que fêmeas da criação artificial (H = 15,2; gl = 2; P < 0,05, para fêmeas em desenvolvimento e H = 116,24; gl = 4; P < 0,05 fêmeas maduras). Tanto no pomar de pessegueiros quanto no de goiabeiras foi possível identificar, através da maturação ovariana, no mínimo duas gerações de insetos durante a frutificação.

ASSUNTO(S)

rio grande do sul mosca das frutas pessego goiaba entomologia agricola

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