Modelo Probabilístico Regional para Avaliação Prognóstica da Cirurgia de Revascularização Miocárdica

AUTOR(ES)
FONTE

Int. J. Cardiovasc. Sci.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-08

RESUMO

Resumo Fundamento: Escores de risco avaliam risco pré-operatório e permitem definir cuidados durante a intervenção, porém a performance destes instrumentos em amostras distintas das originais é pouco investigada. Objetivos: Testar a validade externa de escores de risco cirúrgico cardíaco (STS e Euroscore) e investigar o poder preditivo de características clínicas da amostra. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo realizado entre outubro de 2010 e abril de 2015. Fatores de risco para morbidade hospitalar foram identificados através de regressão logística. A amostra foi separada para validação cruzada, com 2/3 dos pacientes usados no ajuste do modelo e 1/3 para predições. A performance do STS, do Euroscore e de variáveis clínicas na amostra foi avaliada através de estatística-C (área sob a curva ROC) e calibração através do pelo de Hosmer-Lemeshow (H-L). Resultados: 72 pacientes foram operados de doença arterial coronariana no Hospital Santa Izabel da Santa Casa, BA. A idade média foi 62,8 anos e 32,5% eram mulheres. Os escores de risco não apresentaram poder discriminativo significativo para amostra. Os fatores identificados como preditores independentes para o desfecho foram: idade, revascularização prévia e creatinina prévia. O modelo ajustado apresentou valores de discriminação e calibração semelhantes no ajuste (AUROC = 0,72; IC 95% 0,59-0,84; H-L valor p: 0,410) e na validação cruzada (AUROC = 0,70; IC 95% 0,55 - 0,84; H-L valor p: 0,197). Conclusão: Escores de risco apresentaram desempenho insatisfatório. Variáveis clínicas permitiram a construção de um modelo com boa performance para predição de morbidade nos pacientes operados de revascularização.

ASSUNTO(S)

cirurgia torácica/complicações infarto do miocárdio revascularização miocárdica fatores de risco previsões

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