Mineralização óssea em crianças e adolescentes com diabetes melito tipo 1

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-06

RESUMO

OBJETIVO: estudar a ocorrência de redução da massa óssea e seus fatores prognósticos em um grupo de pacientes pediátricos com diabetes melito tipo 1. MÉTODOS: estudamos 23 pacientes portadores de diabetes melito tipo 1, com idade média de 10,9±2,9 anos. Analisou-se a massa óssea, ingestão de cálcio, IMC, peso, estatura, estágio puberal, dose de insulina, duração do diabetes, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, peptídeo C e hemoglobina glicosilada. A massa óssea foi avaliada em coluna lombar, através de densitometria óssea, e expressa em desvio padrão da média para idade e sexo (DP). A ingestão de cálcio foi calculada através de recordatório alimentar, o IMC, calculado de acordo com a fórmula de Quetelet, e o estágio puberal definido segundo os critérios de Tanner-Whitehouse. Utilizou-se a regressão linear simples para o estudo das relações entre as variáveis e a u-Mann-Whitney na comparação entre grupos. RESULTADOS: observamos que a média da densidade mineral óssea (DMO) foi normal (-0,75±1,01 DP). No entanto, verificamos que 39,1% dos pacientes apresentavam osteopenia. Ao comparar os dados dos pacientes osteopênicos (n = 9) com os não osteopênicos (n = 14), observamos que o peptídeo C do grupo osteopênico foi superior (0,56±0,18 vs. 0,29±0,20, p < 0,05). O IMC e o peptídeo C correlacionaram-se com a DMO. A duração do diabetes correlacionou-se negativamente com o peptídeo C (p < 0,01) e positivamente com a dose de insulina (p < 0,01). CONCLUSÃO: no grupo de diabéticos estudado, encontramos uma freqüência de osteopenia de 39,1%. A presença de osteopenia esteve relacionada a níveis séricos superiores de peptídeo C.

ASSUNTO(S)

diabetes tipo 1 osteopenia densidade mineral óssea

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