Migrações, cultura científica e empreendedorismo: lições do desenvolvimento industrial inglês do século XIX

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. Ci. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

Ao reconstruir o processo que no século XIX levou a economia inglesa a ampliar sua capacidade de produção industrial e agrícola em escala nunca antes vista, Max Weber incidentalmente chamou a atenção para o fato de ter se estabelecido, então, um inédito vínculo entre a atividade industrial e a atividade científica. Tanto o modo como esse vínculo se estabeleceu quanto o papel crucial que ele veio a desempenhar são hoje temas estudados pelos historiadores econômicos sem que se dê, entretanto, a devida atenção ao peso decisivo da presença de imigrantes no cenário científico inglês. O estabelecimento desse vínculo é usualmente atribuído ao fato de a Inglaterra ter desenvolvido, desde o início do século XVIII, uma cultura científica peculiar. Argumento que foi em razão da presença de “homens de ciência” alemães e escoceses que a Inglaterra foi capaz de desenvolver, somente no século XIX, a cultura científica condizente com seu desenvolvimento industrial. Meu foco recai sobre a importância do químico alemão Justus Von Liebig e do reformador educacional escocês Henry Brougham.

ASSUNTO(S)

migrações cultura científica revolução industrial empreendedorismo científico

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