MIGRAÇÃO E MOBILIDADE PENDULAR NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DE METRÓPOLES BRASILEIRAS

AUTOR(ES)
FONTE

Mercator (Fortaleza)

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/11/2019

RESUMO

RESUMO Em vários momentos no tempo a mobilidade populacional serviu como fonte motora de profundas transformações sociais e econômicas nas regiões de origem e destino no Brasil, não sendo apenas consequência das necessidades estruturais. Além dos tradicionais fluxos migratórios, a mobilidade pendular também tem assumido papel relevante no processo de produção e organização do espaço, especialmente no nível regional. Considerando essa dimensão, esse trabalho tem como objetivo avaliar a participação da migração na pendularidade nas Áreas de Influência (AIs) das principais metrópoles brasileiras, tendo como base os microdados amostrais dos Censos Demográficos de 1980 e 2010. Em uma primeira aproximação, comparando essas duas décadas censitárias, os resultados demonstram que ocorreu um expressivo crescimento na intensidade da mobilidade pendular, tanto em termos de volume de pessoas quanto em relação ao número de vetores. Além desse fato, os dados também permitem observar que houve uma queda considerável na proporção dos migrantes da década na mobilidade pendular intrarregional, bem como um aumento do peso dos não migrantes naturais do município de residência na composição desses deslocamentos.ABSTRACT At various points times in time, population mobility has served as a driver for profound social and economic transformations in the regions of origin and destination in Brazil, not only the consequence of structural needs. As well as traditional migratory flows, commuting has also taken on a pertinent role in the process of spatial production and organization, especially at the regional level. In this context, this paper aims to evaluate the participation of migration in commuting in the Areas of Influence (AIs) of the principal Brazilian metropolises, based on the sample microdata of the 1980 and 2010 Demographic Censuses. The initial comparison of these two census decades shows that there was a significant increase in commuting intensity, both in terms of the volume of people and the number of vectors. Furthermore, the data also show that there was a considerable decrease in the proportion of the decade’s migrants in intra-regional commuting, as well as an increase in the weight of native non-migrants of the municipality of residence in the composition of these displacements. In the last census, native non-migrants were already prevalent in commuting flows, both in the metropolitan regions and within each of the AIs.

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