MICROPROPAGAÃÃO E AVALIAÃÃO DA TOLERÃNCIA AO ALUMÃNIO EM PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA / Micropropagation and evaluation of aluminum tolerance of rootstocks grapevine

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Na viticultura, as tÃcnicas de micropropagaÃÃo tornam-se imprescindÃveis para a obtenÃÃo em larga escala de material de boa qualidade fitossanitÃria. Assim, objetivou-se estudar a multiplicaÃÃo in vitro de porta-enxertos de videira, por meio da utilizaÃÃo de 5 concentraÃÃes de sulfato de adenina, associado a 3 de BAP e, 4 concentraÃÃes de glicina associadas a 4 de inositol . Segmentos nodais do porta-enxerto de videira âVR043-43â, âR110â e âKobberâ, com cerca de 2 cm comprimento, oriundos de brotaÃÃes prÃ-estabelecidos in vitro foram excisados e introduzidos em tubos de ensaio contendo 15 mL do meio de cultura DSD1. Os meios foram acrescidos de 20 g L-1 de sacarose, solidificados com 6 g l-1 de Ãgar e o pH ajustado para 6,4, antes da autoclavagem a 121ÂC e 1 atm por 20 minutos. Posteriormente à inoculaÃÃo, os tubos de ensaio foram transferidos para sala de crescimento a 25Â2ÂC, irradiÃncia de 35 Âmol.m-2.s-2 e fotoperÃodo de 16 horas diÃrias, permanecendo nestas condiÃÃes por 70 dias. O delineamento experimental utilizado foi o DIC, utilizando-se 4 repetiÃÃes com 12 brotaÃÃes por tratamento. Foram avaliados nÃmeros de folhas, comprimento da parte aÃrea, peso da matÃria fresca da parte aÃrea e de calos. Melhores resultados na micropropagaÃÃo de âVR043-43â e âR110â foram obtidos em meio DSD1 sem a adiÃÃo de sulfato de adenina e com 1,0 mg L-1 de BAP. Para o porta-enxerto de videira, melhores resultados foram obtidos na ausÃncia e/ou com baixas concentraÃÃes de glicina e concentraÃÃo de inositol igual ou superior à recomendada no meio de cultura DSD1. A seleÃÃo de cultivares de planta com tolerÃncia ao Al à crucial à realizaÃÃo de uma agricultura eficiente em solos Ãcidos brasileiros. Por isso, objetivou-se avaliar 8 porta-enxertos de videira em soluÃÃo nutritiva, quando submetidos a 4 nÃveis de alumÃnio, com a finalidade de selecionar os genÃtipos mais tolerantes ao alumÃnio. Estacas com comprimento de 30cm foram mantidas por 30 dias em cÃmara fria. ApÃs esse perÃodo foram hidratadas com Ãgua + AIB por 24 horas na concentraÃÃo de 2000 mg L-1, sendo colocadas posteriormente para enraizar em vermiculita + areia (1:1) durante 60 dias e a seguir transferidas para os vasos com volume de 3,5 L onde a soluÃÃo nutritiva estava contida. ApÃs 40 dias de cultivo foram avaliados os comprimentos da parte aÃrea, peso da matÃria seca da parte aÃrea, comprimento do sistema radicular e peso da matÃria seca do sistema radicular. O delineamento experimental utilizado foi o DIC com 5 repetiÃÃes. Maior comprimento da parte aÃrea foi obtido pelo genÃtipo âIAC 766â na ausÃncia de alumÃnio, e pelo genÃtipo â420 Aâ com a dosagem de 40 mg L-1. Obteve-se maior peso seco da parte aÃrea e peso seco da estaca de âIAC 572â com 40 mg L-1. Maior comprimento do sistema radicular foi obtido pelo genÃtipo âGravesacâ na dosagem de 10 mg L-1. Quanto ao peso seco do sistema radicular o â1045 Pâ mostrou-se pouco sensÃvel na dosagem de 10 mg L-1. As cultivares âIAC 572â, âIAC 766â e â1103Pâ apresentaram crescimento do sistema radicular semelhante na ausÃncia ou presenÃa do alumÃnio, o que faz supor uma boa resistÃncia à toxidade deste elemento. No quarto experimento foi avaliado a tolerÃncia ao Al em 6 genÃtipos de porta-enxertos de videira. As plantas cresceram em soluÃÃo nutritiva na ausÃncia e com 250 e 500 ÂM de Al, em pH 4,2. Foram avaliados em todos os genÃtipos o Ãndice fenotÃpico de crescimento das raÃzes, peso da matÃria fresca e seca das raÃzes, Ãrea do sistema radicular, hematoxilina e o conteÃdo de Al. Os porta-enxertos de videira que mostraram alta tolerÃncia para a maioria dos Ãndices fenotÃpicos avaliados foram o âKobberâ, âGravesacâ, âPaulsen 1103â e âIAC 766â enquanto que, os mais sensÃveis ao Al foram o âR110â e âIAC 572â. AlÃm desses parÃmetros foi avaliada a exsudaÃÃo de Ãcidos orgÃnicos pelo sistema radicular de âKobberâ e âR110â cultivados in vitro na ausÃncia e presenÃa de alumÃnio. O citrato foi o Ãnico Ãcido orgÃnico cuja resposta foi relacionada ao estresse causado pelo Al. A taxa de exsudaÃÃo em âKobberâ foi mais alta que em âR110â, indicando um possÃvel papel deste Ãcido na aquisiÃÃo de tolerÃncia ao Al em videira.

ASSUNTO(S)

fitotecnia cultura de tecidos, vitis spp., toxicidade, sistema radicular tissue culture, vitis spp., toxicity, radicular system.

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