Métodos diagnósticos das epilepsias focais neocorticais extratemporais: presente e futuro

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-02

RESUMO

Tem sido grande o progresso no diagnóstico das epilepsias, mas dentre os detalhamentos diagnósticos a exigir pesquisas, estão a lateralização e a localização precisas da zona epileptogênica, considerada como a região do córtex cerebral que, removida, irá resultar num estado livre de crises. Por meio de revisão da literatura, o objetivo deste estudo é expor e analisar os métodos diagnósticos das epilepsias neocorticais extratemporais, dadas as características que as tornam mais complexas do que as epilepsias temporais visto que estas apresentam o maior grau de dificuldade para lateralização e localização das zonas epileptogênicas. Na maior parte dos casos, o diagnóstico pode ser firmado de forma não invasiva, empregando-se a eletrencefalografia de superfície, a vídeo-eletrencefalografia, considerada o padrão-ouro, e a imagem por ressonância magnética. No entanto, quando os resultados dessas investigações são contraditórios, alguns pacientes necessitam de técnicas invasivas, como o vídeo-EEG intracraniano, utilizando eletrodos profundos, placas ou estrias subdurais, que se associam ao aumento do custo diagnóstico e do risco de complicações, como as hemorragias cerebrais e as infecções intracranianas. A espectroscopia de prótons surge como uma possibilidade, dada sua capacidade de avaliar o metabolismo cerebral, por meio das alterações de N-acetil aspartato (NAA), creatina (Cr) e colina (Co), dentre outros metabólitos. Esse método não invasivo pode reduzir o tempo de avaliação e melhorar o nível de confiança desse diagnóstico topográfico.

ASSUNTO(S)

epilepsias neocorticais extratemporais métodos diagnósticos espectroscopia por ressonância magnética avaliação pré-cirúrgica

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