Metodologia de morfometria intestinal em frango de corte

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

A avicultura brasileira é uma das áreas mais tecnificadas, produzindo com eficiência e exigindo máximo de desempenho da ave. Desta forma, existe uma constante busca para a manutenção de um bom status sanitário das aves, sendo que as patologias do sistema digestivo assumem um papel representativo. Com a crescente preocupação com a saúde intestinal das aves, têm sido realizados diversos estudos envolvendo a análise morfométrica do intestino. Este trabalho apresenta quatro experimentos distintos. O primeiro visa avaliar três porções intestinais (duodeno, jejuno e íleo) de 15 aves, com 13 dias de idade, para saber qual a melhor forma de clivagem para a obtenção do maior número de vilos viáveis para medição. Os intestinos foram coletados de duas formas, fechados e abertos. As amostras fechadas foram clivadas de forma transversal (T), hemicilindro (H) e longitudinal (L); já as amostras abertas apenas clivadas de forma transversal. Foram desidratadas, impregnadas em parafina e avaliadas os seguintes itens: número de campos observáveis e a contagem dos vilos viáveis para medição. O Experimento 2 foi realizado com 40 aves de 42 dias de idade, sacrificadas por eletrocussão. Foram coletadas porções do jejuno destes animais. O lúmen intestinal foi lavado com formalina a 10% e fixados no mesmo meio. Após clivadas (LC), foram confeccionadas lâminas histológicas e contado o número de células caliciformes e diversas estruturas mensuradas (altura e largura de vilo, altura do enterócito e do seu núcleo, altura dos microvilos, diâmetro de cripta e espessura de parede). No Experimento 3 foram utilizadas 20 aves (42 dias de idade) para a avaliação do efeito do tempos pós-morte sobre a morfometria intestinal. Foram estudados intestinos fixados imediatamente após o sacrifício do animas (T1), 10, 20, 30 e 60 minutos após a morte. O Experimento 4 consta da aplicação dos valores das variáveis do Experimento 2 na fórmula sugerida por Kisielinski et al (2002), para o cálculo da área da superfície de absorção intestinal, contudo teve caráter meramente ilustrativo. Analisando os resultados determinou-se que a porção intestinal que mais se presta a análise morfométrica é o jejuno, este coletado fechado e clivado na forma de hemicilindro. A avaliação morfométrica apresentou grande variabilidade, por este motivo se decidiu sugerir valores relativos ao invés de absolutos para estudos futuros. Foi observado, também, que somente as amostras coletadas em tempo menor de 10 minutos após a morte da ave são viáveis para o estudo morfométrico, seguindo o exigente protocolo estabelecido no presente estudo. Por fim, podemos afirmar que o estudo morfométrico intestinal requer uma série de cuidados, tanto para a obtenção das amostras, quanto para a análise das variáveis medidas.

ASSUNTO(S)

sistema digestório sanidade avícola frangos de corte morfometria patologia clinica

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