Metástase de carcinoma de células renais para hipófise simulando macroadenoma não funcionante
AUTOR(ES)
Kramer, Caroline Kaercher, Ferreira, Nélson, Silveiro, Sandra Pinho, Gross, Jorge Luiz, Dora, José Miguel, Azevedo, Mirela Jobim de
FONTE
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Metástases de neoplasias para hipófise são incomuns e ocorrem em até 1% dos tumores de hipófise. Apresentamos o caso de um homem de 74 anos de idade com progressiva deterioração visual nos 30 dias que antecederam seu atendimento. Ele negava cefaleia ou poliúria e queixava-se de constipação intestinal. O paciente havia sido submetido à nefrectomia radical para carcinoma de células renais cinco anos antes, seguida de quimioterapia e radioterapia por metástases pulmonares e parotídea. Ao exame oftalmológico, apresentava paralisia do nervo abducente esquerdo e hemianopsia bitemporal. A ressonância magnética demonstrou uma massa selar com extensão suprasselar comprimindo o quiasma óptico. Na avaliação endocrinológica apresentava insuficiência adrenal e gonadal centrais. O paciente foi submetido à ressecção transesfenoidal da lesão que, ao exame anatomopatológico, se revelou como carcinoma de células renais. Esse caso demonstra que a presença de lesões metastáticas na hipófise pode mimetizar sinais e sintomas de macroadenoma não funcionante e que o diabetes insípido central, comum nas lesões metastáticas para hipófise, pode estar ausente.
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