Metaphors of body : reflexions about language in the phylosopy of young Nietzsche / Metaforas do corpo : reflexões sobre o estatuto da linguagem na filosofia do jovem Nietzsche

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo analisar o estatuto da linguagem em três domínios da filosofia de juventude de Nietzsche: filosofia estética, teoria do conhecimento e moral. Para executar essa tarefa, propusemo-nos investigar fontes histórico-filosóficas utilizadas por Nietzsche como material preparatório de sua teoria da linguagem, fontes do período que antecede sua entrada na Universidade da Basiléia - denominado pelos editores de Militärzeit - até meados dos anos de 1874. Essa etapa, configurada no primeiro capítulo dessa dissertação, pode também ser entendida como introdução ao tema dessa dissertação. Nela, trabalhamos também o conceito, muitas vezes não analisado pela bibliografia secundária consultada, de influência, objetivando, assim, encontrar um fio condutor que nos permitisse discutir o significado de seu consentimento ou não a doutrinas filosóficas e científicas do século XVIII e XIX. O segundo capítulo, que marca, propriamente, nossa incursão no domínio dos textos nietzscheanos de juventude, discutimos o estatuto da linguagem na filosofia estética de Nietzsche, notadamente, naquela apresentada nos fragmento e escritos póstumos preparatórios d O Nascimento da Tragédia. Como se poderá notar, nosso exame, respaldado nos profícuos estudos de literatura secundária, primou por uma precisa, porém não exaustiva, reconstituição paulatina do trinômio: linguagem sonora (Tonsprache), linguagem-de-gesto (Geberdensprache) e linguagem-de-palavra (Wortsprache), que margeiam sua pesquisa sobre a origem, desenvolvimento e perecimento da tragédia grega. O terceiro capítulo, que se inicia retomando temas do capítulo anterior, assenta-se em dois tópicos fundamentais: (i) sobre o novo paradigma da teoria da linguagem, projetado por Nietzsche, em especial, no enigmático e afamado aforismo 12[1], e (ii), partindo da tese oferecida por esse novo paradigma, o qual, é válido dizer, foi dispensado por Nietzsche quando da publicação de O Nascimento da Tragédia, apresentaremos a origem e o escopo de sua crítica à teoria do conhecimento, mais precisamente, à pergunta fundamental dessa disciplina, qual seja, como é possível o conhecimento universal e necessário dos objetos. O quarto capítulo tem como escopo explicitar, em linhas gerais, o estatuto da linguagem na crítica nietzscheana à moral. Essa investigação, por sua vez, tem como pressuposto o exame lingüístico e psicológico, operado pelo jovem Nietzsche em uma série de preleções, redigidas entre 1871 e 1878, sobre a filosofia platônica, dos principais conceitos da metafísica, tais como ser, essência, coisa em si e verdade. Nessa última incursão, indicaremos como a relação entre linguagem e moral pode oferecer um fio condutor para compreensão das bases futuras de seu filosofar

ASSUNTO(S)

epistemology language physiology linguagem platonism fisiologia body corpo epistemologia platonismo

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