Memória: interfaces no campo da informação

AUTOR(ES)
FONTE

Editora UnB

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017

RESUMO

Na contemporaneidade, discute-se cada vez mais o papel e o lugar da memória, considerando-se, sobretudo, o privilégio da rapidez, da eficácia e da eficiência da informação, ao mesmo tempo em que se constata a célere obsolescência dos meios tecnológicos para a sua disseminação. Nesse contexto, surgem também reflexões sobre o papel das instituições ou, mais popularmente, dos “lugares de memória”. Assim, arquivos, museus, centros de documentação, bibliotecas e espaços virtuais atuam na constituição, sedimentação e disseminação dessa memória. Outra vertente dessas reflexões reside na discussão sobre a possibilidade de autonomia dos indivíduos e grupos sociais organizados na construção e elaboração de suas memórias. No entanto, numa sociedade pautada pelo efêmero e pela fluidez – a modernidade “líquida” segundo Zygmunt Bauman –, as experiências passadas tendem a se tornar pouco relevantes, e a função social da memória parece ser útil apenas para o atendimento de necessidades imediatas. Isso pode nos levar a uma situação ambígua, na qual caberia à Ciência da Informação atender às demandas de uma sociedade que valoriza o efêmero e a velocidade, em detrimento da permanência e da construção de uma memória social. Com o objetivo de contribuir para esse debate, esta coletânea reúne textos de pesquisadores de universidades do Brasil, da Espanha e de Portugal que têm refletido sobre o tema da memória, na perspectiva da Ciência da Informação e nos diálogos com outras disciplinas.

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