Melanoma anal: tumor raro, mas catastrófico
AUTOR(ES)
Veloso, Andréa da Costa, Magno, Jaime Coelho Carlos, Silva, José Antonio Dias da Cunha e
FONTE
J. Coloproctol. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: O melanoma maligno do canal anal é uma doença rara e agressiva, em que o diagnóstico precoce se torna difícil. Apresenta-se sem sintomas específicos, levando ao diagnóstico tardio e em fase avançada. O prognóstico é ruim e frequentemente relacionado a metástases a distância, bem como à ausência de resposta à rádio e à quimioterapia. A cirurgia permanece como terapia de escolha, no entanto a melhor abordagem ainda é controversa. Considerando não haver benefício na sobrevida da amputação abdômino-aerineal do aeto (AAPR), a excisão local ampla deve ser considerada o tratamento de escolha.MÉTODOS: São nove casos de melanoma anorretal tratados no serviço de coloproctologia do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD) de 1977 a 2006.RESULTADOS: Foram diagnosticados oito mulheres e um homem, com média de idade de 69 anos (41 - 85). A queixa mais frequente foi o sangramento anal. A excisão local ampla foi realizada em sete pacientes. A sobrevida média foi de 24 meses.CONCLUSÃO: O melanoma anorretal continua desafiante. Todos os esforços devem ser feitos para o diagnóstico precoce, tornando assim possível realizar a excisão local com margens negativas. A AAPR ainda é uma opção factível para tumores avançados ou quando o esfíncter anal está comprometido.
ASSUNTO(S)
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