Medicina complementar e alternativa: utilização pela comunidade de Montes Claros, Minas Gerais

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a prevalência de utilização e o perfil socioeconômico do usuário de medicina complementar e alternativa pela população de Montes Claros (MG). MÉTODOS: Estudo transversal, analítico. A amostra foi probabilística, por conglomerados, sendo a unidade amostral o domicílio e os entrevistados de ambos os sexos e maiores de 18 anos. Os dados foram coletados em uma cidade de porte médio de Minas Gerais utilizando formulários semi-estruturados. RESULTADOS: Foram entrevistadas 3.090 pessoas. A prevalência de uso de medicina complementar e alternativas foi, quando consideradas somente as que envolvem custos, como homeopatia, acupuntura, quiropraxia, medicina ortomolecular, técnicas de relaxamento/meditação e massagem, de 8,93% e 70%, quando incluímos todas as terapias arguidas. As prevalências foram: oração a Deus (52%), remédios populares (30,9%), exercícios físicos (25,5%), benzedeiras (15%), dietas populares (7,1%), massagem (4,9%), relaxamento/meditação (2,8%), homeopatia (2,4%), grupos de autoajuda (1,9%), quiropraxia (1,7%), acupuntura (1,5%) e medicina ortomolecular (0,2%). Mulheres, católicos, casados, melhor renda e escolaridade estiveram associados de forma positiva com a utilização das terapias que envolvem custos. CONCLUSÃO: Medicina complementar e alternativa é utilizada por número significativo da população. Gênero, religião, estado civil, renda e escolaridade estiveram associados positivamente com utilização de terapias alternativas. O acesso das pessoas de menor renda e escolaridade à medicina complementar e alternativa poderia aumentar a prevalência de utilização daquelas formas que envolvem custos.

ASSUNTO(S)

terapias complementares medicina alternativa medicina complementar homeopatia

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