Me chama para conversar que eu gosto: análise de experiência clínico-institucional com a enfermagem de um hospital psiquiátrico

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-01

RESUMO

Resumo As equipes que atuam em enfermarias psiquiátricas são herdeiras diretas de uma prática marcada pelo discurso institucionalizante, mas precisam dialogar com a clínica e o cuidado preconizados pela Reforma Psiquiátrica. O presente artigo tem por objetivo analisar como se dá o trabalho em saúde mental e quais as relações entre o modo de trabalhar e a saúde de trabalhadores de enfermagem de um hospital psiquiátrico universitário. O referencial teórico utilizado teve como base os conceitos de atividade e corpo-si trazidos por Schwartz e a dimensão da saúde estabelecida por Canguilhem, entendendo que o trabalho em saúde é também um trabalho de criação, de produção de saber e de uso de suas capacidades e saberes tácitos. A partir de “Conversas sobre o Trabalho e a Saúde” realizadas com as equipes das enfermarias do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), abordamos temáticas específicas da enfermagem em saúde mental. Concluímos que existe um painel bastante heterogêneo de falas, que expressam a diversidade de formas de pensar e agir no trabalho da enfermagem, de modo que cada trabalhador traz à cena aquilo que acredita ser o melhor para o paciente e é em nome dessa ética no cuidar que orbitam as questões mais dramáticas dentro de uma enfermaria psiquiátrica.

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