Matemática Escolar e Processos de Subjetivação na Campanha de Nacionalização no Rio Grande do Sul
AUTOR(ES)
Junges, Débora de Lima Velho, Knijnik, Gelsa
FONTE
Bolema
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-08
RESUMO
Resumo O artigo analisa como a escola e, em particular, a matemática escolar, operavam como parte dos processos de subjetivação de escolares descendentes de imigrantes alemães do Rio Grande do Sul (RS), no período da Campanha de Nacionalização. De modo específico, discute os rituais da matemática escolar nos quais a tática da manifestação da verdade operava, examinando as práticas matemáticas presentes nesses rituais, quais conhecimentos matemáticos eram ali transmitidos e como esses eram ensinados. As ferramentas teóricas utilizadas no estudo são vinculadas às teorizações de Michel Foucault. O material de pesquisa consiste em narrativas de sete pessoas que estudaram naquele contexto e período. O exercício analítico identificou dois rituais da matemática escolar que operavam sobre os indivíduos. Sua análise possibilitou concluir que, por se considerarem indivíduos superiores, os alunos sentiam-se impelidos a serem bons em matemática, isto é, assumia-se como verdade que eles eram, efetivamente, superiores, e utilizavam-se os rituais da matemática escolar para reforçar essa manifestação.
ASSUNTO(S)
matemática escolar rituais escolares processos de subjetivação escolas de imigração alemã campanha de nacionalização
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