Mastocitose sistemica indolente restrita ao osso: um relato de caso e revisao da literatura

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013

RESUMO

CONTEXTO A mastocitose sistêmica é definida como um distúrbio clonal do mastócito e suas células precursoras, sendo atualmente classificada como uma neoplasia mieloproliferativa. Seu curso clínico tem um espectro alargado, variando desde a doença indolente caraterizada por uma sobrevida normal, até a doença altamente agressiva associada a um envolvimento multissistêmico e a uma sobrevida reduzida. Este artigo reporta um caso de mastocitose sistêmica indolente, focando as principais dificuldades diagnósticas e fazendo uma revisão sistematizada da literatura. RELATO DO CASO Mulher de 79 anos, caucasiana, com antecedentes de osteoporose, foi avaliada no Serviço de Urgência por queixas de dor lombar. Antes disso, a doente havia consultado um ortopedista e realizado alguns exames de imagem, nomeadamente uma cintilografia óssea, que revelou um padrão em “superscan”. Em virtude de suas queixas álgicas e dos resultados dos estudos efetuados, foi internada no Departamento de Medicina Interna. Depois de realizados vários estudos analíticos e exames de imagem suplementares para excluir algumas importantes hipóteses de diagnóstico, a doente fez uma biópsia de medula óssea que permitiu identificar uma mastocitose sistêmica indolente. CONCLUSÃO A mastocitose sistêmica é uma entidade rara e difícil de diagnosticar. Os seus sintomas são muitas vezes inespecíficos e frequentemente ignorados. As alterações esqueléticas podem ser as primeiras e as únicas manifestações e, em certos casos, como este, o diagnóstico só pode ser feito após exame histológico. O mais importante para o diagnóstico é contemplar a hipótese de estarmos perante uma mastocitose sistêmica.

ASSUNTO(S)

mastocitose transtornos mieloproliferativos doencas musculosqueleticas osteoporose dor lombar

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