Masculinidades, feminilidades e educação matemática: análise de gênero sob ótica discursiva de docentes matemáticos

AUTOR(ES)
FONTE

Educ. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-09

RESUMO

Resumo O questionamento central que se constitui como um disparador para as discussões aqui realizadas é: existem relações entre as concepções de gênero e o ensino da matemática? Diante da suposta evidência de que meninos possuem rendimento superior em matemática, o presente trabalho objetiva investigar as problematizações que podem ser feitas à educação matemática quando a relacionamos com questões de gênero, isto é, com as masculinidades, feminilidades e demais representações sociais que se alinham a essa perspectiva. E, também nesse sentido, pretende-se investigar quais os desdobramentos para o ensino da matemática quando determinadas concepções de gênero se encontram implícitas na prática docente. De fato, não é muito incomum depararmo-nos com afirmações do tipo “meninos têm mais facilidade para aprender matemática do que meninas” ou “a mulher é muito emotiva e pouco racional”, dentre outras, que podem trazer certas implicações para o ensino da matemática, como, por exemplo, a legitimação e a reafirmação de certas desigualdades já materializadas no âmbito social. No intuito de se problematizar tais afirmações que, de certa forma, podem acabar exercendo um papel fundamental na fixação de determinados binarismos concernentes às identidades de gênero, este trabalho apresenta uma discussão pós-estruturalista e investiga de que forma as relações de gênero estão presentes no ensino da matemática por meio da aplicação de entrevistas semiestruturadas com professores dessa disciplina.

ASSUNTO(S)

educação matemática gênero discursos práticas educativas

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