Marcadores morfológicos de prognóstico no mesotelioma maligno: um estudo de 58 casos
AUTOR(ES)
Motta, Alexandre Bottrel, Pinheiro, Germânia, Antonângelo, Leila, Parra, Edwin Roger, Monteiro, Maria Margarida, Pereira, José Carlos das Neves, Takagaki, Tereza, Terra Filho, Mario, Martins, Sandro, Capelozzi, Vera Luiza
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-08
RESUMO
OBJETIVO: Diversos marcadores têm se mostrados promissórios como preditores do diagnóstico e prognóstico do mesotelioma maligno (MM). MÉTODO: Mediante estudo morfométrico e inmunomarcação de componentes estromais (calretinina, CEA, Leu-M1 e trombomodulina) e nucleares (p53 e Ki-67), avaliamos a sobrevida após o diagnóstico de 58 pacientes com tumores malignos de pleura. RESULTADOS: O padrão histológico típico do mesotelioma maligno foi encontrado em 50 casos e o padrão atípico em 8 casos. Imunohistoquimicamente foram confirmados 40 casos como sendo mesoteliomas, 11 como adenocarcimonas e 7 casos do padrão atípico não puderam ser classificados. A análise multivariavel do Cox demonstrou a coexistência de um maior fator de risco de morte (476.2), nos pacientes com idade avançada, subtipo histológico bifásico e componentes de expressão nuclear. CONCLUSÃO: A calretinina foi o marcador inmunohistoquímico (IHQ) mais útil para o diagnóstico do mesotelioma e o CEA para o de adenocarcinoma. A quantificação por IHQ da trombomodulina foi fundamental na diferenciação do mesotelioma quando este foi positivo tanto para calretinina e como para o CEA. A informação prognostica mais valiosa foi a fornecida pela análise rotineira histopatológica do tipo histológico tumoral. Um ponto importante, divisor natural, foi a idade com uma media de 55 anos e 30.5% de componentes nucleares de marcação IHQ, separando os pacientes em dois grupos: pacientes com uma sobrevivência curta contra pacientes com uma sobrevivência mais longa que a esperada. Assim, a análise histopatológica oferece uma arma poderosa e de elevado potencial para guiar no tratamento adjuvante de quimioterápicos após a retirada cirúrgica do mesotelioma.
ASSUNTO(S)
neoplasias pleurais mesotelioma marcadores biológicos de tumor antígeno carcinoembrionário prognóstico
Documentos Relacionados
- Mesotelioma pleural maligno: experiência multidisciplinar em hospital público terciário
- Uma proposta de criação de um sistema para monitoramento dos casos de mesotelioma maligno em Curitiba, Paraná, Brasil
- Panorama dos processos bioquímicos e genéticos presentes no mesotelioma maligno
- Siringoma condróide maligno: relato de caso e revisão da literatura
- Determinantes morfológicos de prognóstico em pneumonia nosocomial: um estudo em autópsias