Male prostitution, HIV / AIDS: Epidemiological Study in Municipalities of Cearà / ProstituiÃÃo masculina e HIV/AIDS: um estudo epidemiolÃgico em municÃpios do CearÃ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/05/2008

RESUMO

A SÃndrome da ImunodeficiÃncia Adquirida (AIDS) e as demais doenÃas sexualmente transmissÃveis (DSTâs) sÃo importantes causas de morbidade em todo o mundo, com considerÃveis repercussÃes sociais e econÃmicas. O estudo objetivou estudar o comportamento, prÃticas sexuais, prevalÃncia do HIV e SÃfilis entre os profissionais do sexo masculino. Realizou-se um estudo seccional e analÃtico em quatro municÃpios do CearÃ, Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Aplicou-se um questionÃrio semi-estruturado em 131 profissionais do sexo, em agosto de 2003, que investigou dados sÃcio-econÃmico-demogrÃficos, vida sexual (primeira relaÃÃo sexual, parceiros fixos e pagantes, nÃmero de parceiros e caracterÃsticas da vida sexual com os mesmos, uso de preservativo, DSTÂS),uso de Ãlcool e outras drogas, teste para HIV e SÃfilis. Os dados coletados foram analisados pelo do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versÃo 16.0. Criou-se uma variÃvel dependente denominada Envolvimento em RelaÃÃes Sexuais Desprotegidas (RSD) e realizou-se uma anÃlise bivariada entre esta variÃvel e os possÃveis fatores determinantes deste comportamento, atravÃs do teste exato de Fischer. A maioria dos entrevistados, era solteiro (85,4%), catÃlico (81,5%), com idade variando entre a faixa etÃria de 18 a 51 anos. Vinte seis por cento nunca freqÃentou a escola ou nÃo concluiu o primeiro grau e 39,7% possuÃam o segundo grau completo ou superior. TambÃm a maioria (62,7%) apresentou inÃcio precoce da atividade sexual, tendo sua primeira relaÃÃo antes dos 15 anos e informou que recebeu dinheiro pela primeira vez em troca de sexo antes dos 18 anos (52,3%), ou seja, antes da maioridade. Cerca de metade dos entrevistados (51,5%) tiveram mais de trÃs parceiros sexuais nos Ãltimos sete dias, sendo que (32,0%) afirmaram nÃo ter usado preservativo na Ãltima relaÃÃo sexual com parceiro nÃo pagante. A cerca do uso de drogas 54,4% responderam ter usado bebidas alcoÃlicas pelo menos uma vez por semana e 1,5% afirmou jà ter usado seringas e agulhas para o uso de drogas. A maioria (54,2%) nunca havia feito o teste para a detecÃÃo do HIV. Foram realizados 81 testes para o HIV com taxa de detecÃÃo de 3,1% de soropositividade. Na anÃlise multivariada, encontrou-se que o consumo de Ãlcool e jà ter realizado o teste para HIV estavam independente e significativamente associadas à RSD. Os resultados indicam comportamentos e prÃticas sexuais de risco sÃo freqÃentes entre os profissionais do sexo masculino sugerindo que as dimensÃes sÃcio-econÃmicas e culturais sÃo elementos importantes para a compreensÃo das prÃticas entre esta populaÃÃo. Portanto, implicando a necessidade de ajustes Ãs medidas preventivas em relaÃÃo ao HIV/AIDS e demais DSTâS. ConcluÃmos que os profissionais do sexo masculino estÃo envolvidos em comportamentos de risco para HIV/AIDS e demais DSTâS, necessitando aumentar a adesÃo a prÃticas sexuais seguras e fornecer informaÃÃes aos programas de prevenÃÃo de DST/HIV/AIDS com o intuito de melhorar o planejamento de suas aÃÃes, levando em consideraÃÃo Ãs especificidades desta populaÃÃo.

ASSUNTO(S)

saude publica prostituiÃÃo masculino

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