Magnitude da violência entre parceiros íntimos no Brasil: retratos de 15 capitais e Distrito Federal
AUTOR(ES)
Reichenheim, Michael Eduardo, Moraes, Claudia Leite, Szklo, André, Hasselmann, Maria Helena, Souza, Edinilsa Ramos de, Lozana, José de Azevedo, Figueiredo, Valeska
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-02
RESUMO
Este artigo apresenta a prevalência de violência entre parceiros íntimos em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Um inquérito de base-populacional em múltiplos estágios foi realizado em 2002/2003, envolvendo 6.760 mulheres (respondentes) de 15 a 69 anos. Usando o instrumento Conflict Tactics Scales Formulário R, a prevalência global de agressão psicológica, abuso físico "menor" e grave no casal foi de 78,3%, 21,5% e 12,9%, respectivamente. Prevalências variaram distintamente entre as cidades, o abuso físico total indo, por exemplo, de 13,2% a 34,8%. Como um todo, as prevalências foram mais altas nas cidades do Norte/Nordeste do que nas do Sudeste/Sul/Centro-oeste. Também, todos os tipos de violência entre parceiros íntimos foram mais freqüentes entre casais formados por mulheres jovens (< 25 anos) e com menos escolaridade (< 8 anos). Desagregando por gênero, ainda que mulheres tendessem a perpetrar pelo menos um item de abuso físico mais amiúde, os escores foram consistentemente mais altos entre parceiros positivos. Os resultados são comparados à literatura externa. Os diferenciais regionais, demográficos e de gênero são discutidos à luz da crescente responsabilidade do setor saúde em relação à violência entre parceiros íntimos.
ASSUNTO(S)
violência doméstica estudos transversais prevalência
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