Magnitude da violência entre parceiros íntimos no Brasil: retratos de 15 capitais e Distrito Federal

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-02

RESUMO

Este artigo apresenta a prevalência de violência entre parceiros íntimos em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Um inquérito de base-populacional em múltiplos estágios foi realizado em 2002/2003, envolvendo 6.760 mulheres (respondentes) de 15 a 69 anos. Usando o instrumento Conflict Tactics Scales Formulário R, a prevalência global de agressão psicológica, abuso físico "menor" e grave no casal foi de 78,3%, 21,5% e 12,9%, respectivamente. Prevalências variaram distintamente entre as cidades, o abuso físico total indo, por exemplo, de 13,2% a 34,8%. Como um todo, as prevalências foram mais altas nas cidades do Norte/Nordeste do que nas do Sudeste/Sul/Centro-oeste. Também, todos os tipos de violência entre parceiros íntimos foram mais freqüentes entre casais formados por mulheres jovens (< 25 anos) e com menos escolaridade (< 8 anos). Desagregando por gênero, ainda que mulheres tendessem a perpetrar pelo menos um item de abuso físico mais amiúde, os escores foram consistentemente mais altos entre parceiros positivos. Os resultados são comparados à literatura externa. Os diferenciais regionais, demográficos e de gênero são discutidos à luz da crescente responsabilidade do setor saúde em relação à violência entre parceiros íntimos.

ASSUNTO(S)

violência doméstica estudos transversais prevalência

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