Macabéa vai ao cinema: A hora da estrela e a Travessia da linguagem literária para a cnematográfica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Este trabalho busca ser um ponto de convergência entre duas linguagens de arte. Uma, resultante da cultura escrita e do texto personalíssimo de Clarice Lispector A Hora da Estrela, romance de 1977. Outra, produto da cultura da imagem e do som, qual seja, a arte cinematográfica a transposição criativa homônima da obra literária para o cinema, dirigida por Suzana Amaral, em 1985. A dissertação está embasada no conceito de Tradução desenvolvido por Walter Benjamin e por diversos outros téoricos como André Bazin, Randal Johnson e Ismail Xavier, dentre outros, cada um abordando diferentes ângulos de um mesmo problema e, no todo, apontando para a singularidade e especificidade de cada linguagem e de como estas podem convergir para dizer a vida, o ser humano, a criação, a sociedade. A questão de re-significação de uma linguagem em outra, preservando-se sempre o ato criativo será vista pela representação da quase-não-personagem, quase-invisível e sem substância, Macabéa, tornada visível no filme, protagonista de uma e de outra obra e que carrega consigo aquela imagem matricial e nuclear da qual irrompem outras imagens. O trabalho percorre a personagem Macabéa que brota do texto literário e alcança movimento, corporeidade e presença nas imagens abarcadas pelo filme, se encontrando na franzina atriz paraibana, Marcélia Cartaxo, que personificou Macabéa no filme. Percorreu-se uma longa travessia da literatura ao cinema onde uma linguagem enriquece e completa a outra, sem que nenhuma possa ser tratada como secundária, mas sim, como fios condutores da arte que fascina legiões de leitores e espectadores.

ASSUNTO(S)

comunicacao cinema suzana amaral transposition a hora da estrela clarice lispector suzana amaral the hour of the star transposição cinema clarice lispector

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