Má oclusão severa é mais freqüente na dentição permanente do que na decídua?
AUTOR(ES)
Frazão, Paulo, Narvai, Paulo Capel, Latorre, Maria do Rosário Dias de Oliveira, Castellanos, Roberto Augusto
FONTE
Revista de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-04
RESUMO
OBJETIVO: Analisar a prevalência e severidade de problemas oclusais em populações em idades relacionadas à dentição decídua e permanente, e efetuar uma meta-análise para estimar odds ratio ponderada para problemas oclusais comparando os dois grupos. MÉTODOS: Foram analisados os dados de uma amostra probabilística (n=985) de escolares de cinco e de 12 anos de idade obtidos de um estudo epidemiológico transversal realizado no Município de São Paulo, Brasil, usando regressão logística múltipla. Mediante meta-análise, foram examinados os resultados de estudos transversais publicados nos últimos 70 anos. RESULTADOS: A prevalência dos problemas oclusais aumentaram de 49,0% (IC 95% =47,4-50,6) na dentição decídua para 71,3% (IC 95% =70,3-72,3) na dentição permanente (p<0,001). O tipo de dentição foi a única variável estatisticamente associada à presença de má oclusão moderada/severa (OR=1,87; IC 95% =1,43-2,45; p<0,001). Sexo, tipo de escola e etnia não foram estatisticamente associados. A meta-análise mostrou que o odds ratio ponderado foi 1,95 na comparação da dentição permanente com a dentição decídua/mista. CONCLUSÕES: No planejamento de ações e serviços odontológicos, algumas atividades são indicadas com a finalidade de reduzir a proporção de má oclusão moderada/severa para níveis mais aceitáveis socialmente e sustentáveis economicamente.
ASSUNTO(S)
maloclusão dentição primária dentição permanente prevalência meta-análise estudos transversais serviços de saúde bucal
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