Longitudinal follow-up of NAPIO osseointegrated implants in function for 2 years / Acompanhamento longitudinal do sucesso das próteses suportadas por implantes osseointegrados do sistema NAPIO

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

Nos últimos anos, têm sido possível a reposição de dentes ausentes, utilizando-se os implantes osseointegrados como suporte para próteses. A eficácia clínica desta terapia por implantes foi bem estabelecida por uma miríade de trabalhos longitudinais com alto índice de sucesso e suprindo critérios previamente estabelecidos. Nestes estudos, observou-se concentração das falhas desde a segunda cirurgia até o primeiro ano de instalação da prótese. Para a realização deste estudo foi avaliado o sucesso de implantes do sistema NAPIO (Núcleo de Apoio à Pesquisa de Implantes Odontológicos) confeccionados em titânio grau I e previamente tratados por ataque ácido. Foram inseridos 371 implantes em 109 pacientes suportando 135 próteses unitárias, parciais, protocolo e sobre-dentaduras, durante 2 anos. A distribuição por sexo foi de 39.4% de homens e 60.6% de mulheres com idade variando de 17 a 82 anos. Os implante foram avaliados clinicamente através da profundidade de sondagem, nível de inserção, presença de placa, edema, supuração, alteração na coloração e radiograficamente pela técnica do cone longo padronizando a posição com o registro da mordida em resina acrílica. Os implantes foram classificados como sucesso se suprissem os critérios de SMITH; ZARB186. O índice de sucesso na maxila foi de 90.21% e 99.25% e na mandíbula de 95.90% e de 100%, respectivamente, para os implantes e as próteses, compatível com os relatados na literatura. Detectou-se concentração das falhas até a segunda fase cirúrgica, com mais de 75% destas localizadas na maxila e superior a 55% na mandíbula. Todos os implantes que falharam apresentaram comprimento igual ou inferior a 10 mm. As radiografias foram digitalizadas e medidas no programa Sigma Scan Pro, obtendo-se a perda óssea de 0.95 na face mesial, 1.03 na face distal e a média de 0.99 durante dois anos. A inflamação do tecido peri-implantar, presença de placa e sangramento a sondagem reduziram significativamente nos quatro exames. A medida de profundidade de sondagem e nível de inserção também diminuíram, porém de forma insignificante. A complicação, mais freqüente, da prótese foi o reaperto do parafuso da prótese, seguida da fratura deste. Os pacientes aferiram notas subjetivas, em relação ao conforto, estética e função da prótese suportada por implantes e a média das notas foi sempre superior a 9 na maxila e mandíbula. A partir dos dados obtidos com parâmetros periodontais, percentual de sucesso e falha, perda óssea mensurada radiograficamente, como também das complicações das próteses, concluiu-se que existe compatibilidade com os dados da literatura atestando a efetividade do sistema de implantes avaliado durante os dois primeiros anos .

ASSUNTO(S)

prótese dentária implantes dentários implantes osseointegrados

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