Literatura ou antropologia criminal? O cangaço em Pedra Bonita e Cangaceiros
AUTOR(ES)
Mansur, João Paulo
FONTE
Mana
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/09/2019
RESUMO
Resumo Este artigo investiga as interpretações sociocriminológicas de José Lins do Rego sobre o cangaço que lhe serviram de pano de fundo para desenvolver os romances Pedra Bonita e Cangaceiros. Mostra-se como o romancista se posicionava perante duas teorias criminológicas que, em sua época, tentavam compreender o cangaço: a teoria do banditismo social e a antropologia criminal da Escola Positiva brasileira. Conclui-se que o caminho trilhado por Rego para explicar a gênese do cangaço passava por entendê-lo em função das disputas coronelistas.Abstract This article investigates José Lins do Rego’s socio-criminological interpretations of the “cangaço”, which provided him with a background against which he developed the novels Pedra Bonita and Cangaceiros. It shows how the novelist positioned himself between two criminological theories that, at that time, tried to understand the “cangaço”: the theory of social banditry and the criminal anthropology of the Brazilian Positive School. It concludes that the path taken by Rego to explain the genesis of the “cangaço” involved understanding it as a function of “colonelist” disputes.
Documentos Relacionados
- É possível uma Política Criminal? a discricionariedade no Sistema de Justiça Criminal do DF
- Lampiões acesos : a Associação Folclorica e Comunitaria dos "Cangaceiros de Paulo Afonso" - BA e os processos de constituição da Memoria coletiva do cangaço (1956-1988)
- The Cangaço in Brazilian cinema
- A representação social da violência na literatura de cordel sobre cangaço
- Monitoração eletrônica e recidivismo criminal: uma análise da literatura