Lilith: um monstro feminino em Jorge Luis Borges, Dante Gabriel Rossetti e Primo Levi
AUTOR(ES)
Maria Isabel de Matos Andrade
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
O estudo da monstruosidade faz parte de vários campos do conhecimento, além de compreender diversos períodos de análise. Desde a Antiguidade, filósofos, literatos, juristas e outros estudiosos questionavam a constituição da figura monstruosa, assim como a sua relação com o Mal. Na Modernidade, vários estudos de teor classificatório foram desenvolvidos com o intuito de estabelecer listas que dividissem os monstros, tendo por base determinados critérios e parâmetros. Neste trabalho, por sua vez, o fundamento para o estudo da monstruosidade é a teoria desenvolvida por Jeffrey Jerome Cohen no artigo a cultura dos monstros: sete teses. Nele, Cohen propõe uma leitura do monstro que permite aproximá-lo da cultura em que foi criado, a partir de relações intrínsecas entre ambos. Dessa forma, torna-se possível a análise crítica do monstro, que passa a ter uma razão de ser, que pode ser social, cultural, entre outras. Nesse sentido, a figura escolhida para análise sob essa ótica foi Lilith, definida na mitologia judaica como a primeira mulher de Adão. O objetivo principal, então, é o de analisá-la no âmbito lendário, além de desdobramentos literários e plásticos dos quais ela faz parte. O recorte escolhido para esse estudo faz parte das obras de Jorge Luis Borges, Primo Levi e Dante Gabriel Rossetti, lidos de acordo com a teoria de Cohen. Intentase determinar se Lilith, nas obras escolhidas e sob esse foco de análise, afirma-se como um monstro.
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8DBJD9Documentos Relacionados
- An Aleph: Borges, according to the The Arabian Nights: comparative study of the Arabian poetics as an element for the construction of the narrative poetics of Jorge Luis Borges
- A matemática em Georges Perec e Jorge Luis Borges: um estudo comparativo
- Jorge Luis Borges: história social de um escritor nato
- Literatura e biblioteca em Jorge Luis Borges e Italo Calvino
- ETERNITY IN THE WORKS OF JORGE LUIS BORGES