Left ventricular noncompaction in a Para athlete

AUTOR(ES)
FONTE

Einstein (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/05/2019

RESUMO

RESUMO O miocárdio não compactado é uma cardiomiopatia congênita caracterizada pela presença de trabeculações anormais no ventrículo esquerdo. O presente estudo descreve o caso de uma paratleta de goalball, 14 anos, sexo feminino, assintomática, com história pessoal de nistagmo congênito e leve deficiência visual, que apresentou alterações eletrocardiográficas inespecíficas durante avaliação pré-participação. A ressonância magnética cardíaca evidenciou presença de não compactação miocárdica (relação entre camada não compactada/camada compactada igual a 2,5) e disfunção sistólica biventricular leve. Inicialmente, a paciente foi afastada da prática de esportes, e o seguimento clínico foi realizado a cada 3 meses. A paciente permaneceu assintomática durante o período de 1 ano de seguimento, sem história de síncope inexplicada, comprometimento significativo da função sistólica ou taquiarritmias ventriculares importantes ao teste de esforço. Por fim, ela foi liberada para prática competitiva de goalball, e o seguimento clínico foi mantido a cada 6 meses. Não há consenso quanto aos critérios de elegibilidade para a prática esportiva nos casos de miocárdio não-compactado. Assim, é prudente individualizar a decisão quanto a prática esportiva, bem como considerar a participação em esportes competitivos para indivíduos assintomáticos e sem repercussões da doença.ABSTRACT The left ventricular noncompaction is a congenital cardiomyopathy characterized by the presence of abnormal trabeculations in the left ventricle. The present study describes the case of a 14-year-old female Para athlete, who plays goalball. She was asymptomatic, with history of congenital nystagmus and mild visual impairment, who presented nonspecific electrocardiographic abnormalities during pre-competition screening. Cardiac magnetic resonance imaging showed left ventricular non-compaction (non-compacted to compacted layer ratio equal to 2.5) and mild biventricular systolic dysfunction. Initially, the patient was excluded from sports participation and clinical follow-up was performed every three months. Patient remained asymptomatic during the one-year follow-up, with no history of unexplained syncope, marked impairment of systolic function or significant ventricular arrhythmias at the exercise stress test. Finally, she was released for competitive goalball participation and clinical follow-up was continued every 6 months. There is no consensus regarding the eligibility criteria for sports participation in cases of left ventricular non-compaction. Thus, it is prudent to individualize the decision regarding practice of sports, as well as to consider participation in competitive sports for asymptomatic individuals and with no disease repercussions.

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