"Largada sozinha, mas tudo bem": paradoxos da experiência de mulheres na hospitalização por abortamento provocado em Salvador, Bahia, Brasil
AUTOR(ES)
Carneiro, Monique França, Iriart, Jorge Alberto Bernstein, Menezes, Greice Maria de Souza
FONTE
Interface (Botucatu)
DATA DE PUBLICAÇÃO
14/06/2013
RESUMO
O trabalho buscou compreender a experiência de mulheres internadas por abortamento provocado em três hospitais públicos de Salvador, Bahia, a partir do percurso e das interações que estabelecem com profissionais e outras usuárias. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 19 mulheres sobre a experiência nos distintos momentos da internação e a avaliação da atenção recebida. Abortos e partos anteriores, próprios ou de conhecidas suas, conformam expectativas sobre a atenção recebida. A experiência das mulheres foi marcada por sentimentos negativos, pela dor física e emocional, mas, também, pelo alívio com o fim da gravidez e do risco de morte. Sofrimento adicional foi condicionado pela percepção de um "não-cuidado" e atitudes de discriminação pelo aborto, contrariando as atuais normas técnicas. Paradoxalmente, a maioria avaliou positivamente a atenção, embora com críticas. Esforços devem ser feitos para humanizar a assistência ao abortamento, considerando as experiências das mulheres.
ASSUNTO(S)
abortamento induzido hospitalização humanização da assistência
Documentos Relacionados
- Tendência da mortalidade por insuficiência cardíaca em Salvador, Bahia, Brasil
- Distribuição espacial da mortalidade por tuberculose em Salvador, Bahia, Brasil
- Estigma e resistência entre travestis e mulheres transexuais em Salvador, Bahia, Brasil
- Necessidades de mulheres no puerpério imediato em uma maternidade pública de Salvador, Bahia, Brasil
- Evolução e distribuição espacial da mortalidade por causas externas em Salvador, Bahia, Brasil