Intubação orotraqueal e disfunção temporomandibular: estudo longitudinal controlado

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Determinar a incidência de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) em pacientes de cirurgia eletiva submetidos à intubação orotraqueal. MÉTODOS: Estudo longitudinal controlado com dois grupos. O grupo de estudo incluiu pacientes que foram submetidos à intubação orotraqueal e um grupo controle. Usamos o questionário da Academia Americana de Dor Orofacial (AAOP) para avaliar os sinais e sintomas da DTM no primeiro dia de pós-operatório (T1) e os estados basais dos pacientes antes da cirurgia (T0) também foram registrados. O mesmo questionário foi usado após três meses (T2). A amplitude da abertura bucal foi medida em T1 e T2. Consideramos um valor p inferior a 0,05 como significativo. RESULTADOS: No total, 71 pacientes foram incluídos, com 38 pacientes no grupo de estudo e 33 no grupo controle. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à idade (grupo de estudo: 66 [52,5-72]; grupo controle: 54 [47-68], p = 0,117) ou gênero feminino (grupo de estudo: 57,9%; grupo controle: 63,6%, p = 0,621). No T1, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quanto à incidência de limitação de abertura bucal (grupo de estudo: 23,7% vs. grupo controle: 18,2%, p = 0,570) ou amplitude de abertura bucal (grupo de estudo: 45 [40-47]vs. grupo controle: 46 [40-51], p = 0,278). Em T2, os resultados obtidos foram semelhantes. Não houve diferença significativa na resposta afirmativa a todas as perguntas individuais do questionário AAOP. CONCLUSÕES: Em nossa população, a incidência de sinais e sintomas de DTM de origem muscular não foi diferente entre os grupos.

ASSUNTO(S)

transtornos da articulação temporomandibular síndrome da dor miofascial anestesia geral intubação dor orofacial

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