Intoxicações em crianças e adolescentes notificados em um centro de toxicologia no nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Saude Mater. Infant.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo Objetivos: analisar o perfil clínico-epidemiológico das intoxicações em menores de 12 anos. Métodos: estudo seccional com componente analítico das notificações de intoxicações, em Centro de Toxicologia de Pernambuco, ocorridas entre 2012 e 2014. Foram excluídas as reações alérgicas e intoxicações por alimentos contaminados. Foram pesquisadas características sócio demográficas, agente tóxico, circunstância, local de ocorrência, tempo até atendimento e evolução dos pacientes. Determinouse a distribuição de frequências e realizaramse associações entre as variáveis através da razão de prevalência e teste de quiquadrado. Resultados: entre 2.843 registros, 1.601 (56,3%) foram intoxicações por substâncias químicas e 1.242 (43,7%) por animais peçonhentos. A maioria residia na zona urbana (90,6%) e foi atendida após a primeira hora da exposição (47,6%). A frequência de intoxicações por substâncias químicas foi maior entre menores de cinco anos (RP=2,34; IC95%: 2,142,56) e não houve diferença entre os sexos (RP=1,00; IC95%: 0,941,07). Os medicamentos (45,0%) predominaram entre às intoxicações por substâncias químicas e escorpionismo (77,0%) entre animais peçonhentos. As intoxicações ocorreram de forma acidental em 92,2% e entre as substâncias químicas 99,6% nos domicílios. Houve seis óbitos por ingestão de substâncias químicas e dois por escorpionismo. Conclusões: as intoxicações em Pernambuco são problemas de saúde pública pela sua frequência e ocorreram principalmente em menores de cinco anos, de forma acidental e intradomiciliar.

ASSUNTO(S)

intoxicação mordeduras e picadas acidentes crianças adolescente

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